sábado, 16 de fevereiro de 2008

Fotografias Apaixonadas da Alma Paulistana

Em São Paulo, fotografar significa...

Suspirar é captar instantâneas dos ladrilhos que refletem a tua majestosidade, e revelá-las no laboratório sentimental do meu coração. Durante o processo técnico, trancafio as portas que dão acesso às abarrotadas avenidas cardiovasculares do meu ser.

Meu coração é uma tempestuosa e encatarrada metrópole às 8:00 da manhã. Com ações e contextos entrecortados, busco através dos coloridos ternos de Herchcovitch, a segurança do ser. Como tentativa absurda de cura, dentro de automóveis, administro doses móveis de narcóticos que complementam um desejum de necessidades e vaidades nada frugais.

Seguro, mas frágil, colorido, mas gris, sano, insana la vida, uma ferida. Métodos confusos, suas aplicabilidades e transgressões, soluções antitussígenas e expectorantes de um xarope vai e vem matinal.

Até segunda ordem ou terceira desordem, ninguém entra, ninguém sai.

Todos parados, drogados, suados e cansados, aguardando a revelação fotográfica nos numerosos semáforos paulistanos.

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