quarta-feira, 4 de junho de 2008

PRESENTEÍSMO: O CLIMA ORGANIZACIONAL COMO X DA QUESTÃO

Desconhecido, polêmico, uma adaptação moderna da depressão organizacional?

No mínimo, estas três alternativas servem para decodificar, em parte, este novo termo como ares de palavrão.

A expressão é reveladora, trazendo consigo todas as interrogativas e prerrogativas de uma ampla discussão, prestes a implodir novos debates.

Estas 59 linhas, sem falar nas entrelinhas, têm como finalidade, no tocante ao presenteísmo, aclarar as questões que tangem sua complexidade, esclarecendo os perigos deste “tumor organizacional”.

Bom, vamos interpretar as coisas. Ou melhor, os sentimentos.

Em síntese, presenteísmo nada mais é que estar presente no ambiente de trabalho, mas ausentar-se diante dos outros aspectos organizacionais que mantêm viva uma empresa, independente do porte ou estrutura.

É estar ali, lá ou acolá e, simplesmente, não ser notado. Pior que isso, ser alvo das críticas desferidas por outros integrantes da equipe.

Sem sombra de dúvida e com toda a clareza, um problema de difícil diagnóstico que, acaba por “contaminar” outras pessoas dentro da empresa. Além do mais, o colaborador atingido também pode sofrer de problemas de saúde, tais como: dores musculares, insônia, gastrenterites, entre outros.

Tratando em miúdos, rins, coração ou fígado, é muito mais que adoentar-se, no sentido literal da palavra. E nestes casos o atestado em questão é o da incompetência ou em curtas e “assassinas” palavras: você não traz nenhum resultado. Está sempre doente.

Vejamos, um presenteísta é aquela pessoa, homem ou mulher, presente no mercado de trabalho, mas distante de tudo e de todos, sem ritmo produtivo e teoricamente enfermo.

Da teoria, outra tese: o funcionário presenteísta, pela fragilidade que o assola, absorve boa parte dos maus momentos da empresa, sejam eles provenientes do micro ou do macro ambiente organizacional.

Seria decadência? Ou quem sabe, decorrência dos minguados investimentos na saúde dos colaboradores da empresa.

Afinal, onde está o “fracassado”? O recruta ZERO existe? E se existe, poderia ser o gestor da empresa, responsável pela manutenção do capital humano?

Devido ao alto custo do presenteísmo, algumas empresas de grande porte já acumulam investimentos no assunto, diagnosticando e tratando antecipadamente os presenteístas.

Uma das grandes ferramentas de apoio ao departamento de Recursos Humanos, servindo de base para a verificação prematura desta problemática, chama-se processo seletivo continuado.

De cunho institucional, trata-se de avaliações in loco que revelam indicativos preciosos para o acompanhamento dos colaboradores da empresas.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o presenteísmo já é tido como inimigo oculto da produtividade. Em contrapartida, em terras tupiniquins, a grande maioria das empresas sequer sabe o significado desta palavra.

Presente, mas doente. Ausente, mas custoso. Invisibilidade ou incompreensão? “Corpo mole”, desmotivado ou retrabalho? Enfim, o x da questão é alternativa múltipla. E o produto é muito mais que o tradicional stress at work.

Um aviso aos navegantes deste grande oceano de causas: os preocupados com produtividade, qualidade e forças competitivas, por favor, revisem seus quadros organizacionais e por que não, seus conceitos.

Tempestuoso ou não, o clima organizacional é o x da questão. Preparem os guarda-chuvas, precipitações anômalas podem ocorrer na sua empresa.

Para evitar “presentes gregos”, aqui vai uma dica: planejamento = antes.