segunda-feira, 16 de novembro de 2009

IRREVERÊNCIA SUBURBANA: O AFOGAMENTO DE MARA MANZAN EM 57 LETRAS

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                    28 de maio de 1952 / 13 de novembro de 2009

quinta-feira, 18 de junho de 2009

TEMPESTADE EM COPO D'ÁGUA



Como fazer um brainstorm?
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Ida: Calma! Não saia por aí rodando a saia ou chamando Baiana de Cigana. Minha alma não será lida, doida varrida.

Esdrúxulo?

Percebeu as associações primárias?

Não?

Repetindo:

Ida:* Calma!° Não saia¹ por aí rodando² a saia¹ ou chamando² Baiana³ de Cigana³. Minha alma° não será lida, doida varrida*.

E agora, fixou?

As orações acima são como ladainhas: sequenciais numéricos de uma rima religiosa.

Um pequeno brainstorm acaba de respingar por aqui.

Simples, a prática envolve tecnismos convencionais.
Nada mais nada menos, que mecanismos cerebrais.

Bueno...

A partir de agora, quem resbalar por este texto corre o risco de cair na malha fina, na teia das idéias, na peneira dos grandes talentos, onde o mercúrio divide o ouro da areia.

Mas neste caso, aqui vai um conselho: Arme-se de criatividade e previna-se dos assassinos.

Por quê?

Pelo simples motivo que a validez e a viuvez, expressos também em um BS, são associações desiguais. Portanto quem mata o insight alheio torna-se um criminoso, lesando a si mesmo.

É válido afirmar que ouro escovado pelos detentos é chave mixa para abrir as portas de todas as portas, inclusive as jaulas mentais.

Bom...feitas as preces, agora, minha contribuição será mais estrutural do que convencional.

Vejamos...

Qualquer plataforma de discussão ou debate entre os envolvidos no processo de BS, antes de mais nada e se encarada como excercício metodológico, deve, sem dúvida, apresentar organização e o mínimo de coerência, haja vista os objetivos diretos e indiretos do BS e a importância destes no todo organizacional.

Como já sabemos, a tradução literal do termo aponta o seguinte: "Tempestade Cerebral". O que não significa que a natureza da prática deva ser tempestuosa, desorganizada e, porque não, competitiva.

As já conhecidas palavras aSSaSSinaS, famosas pelo aspecto depreciativo, são típicas e rondam nosso imaginário. E pelo visto, andam em grupo, verdadeiras serpentes.

São exemplos sanguinários:
Não! Isso não vai dar certo. Tá louco, isso não se aplica. Tá errado! Esquece, desiste. Essa ideia ninguém compra. De onde ele tirou essa ideia, mas que absurdo. Impossível! Impraticável, nem pensar. Sem chance, não tem jeito. Já era! Não, não e não! ... E assim por diante.

Tais chavões são e sempre serão, reflexo do EU, maiúsculo na sua essência, mas minúsculo diante do todo.

Quando isso deixa de ocorrer, a técnica é de grande valia para qualquer organização. E sua complexidade começa a ser traduzida em resultados quando a gerência (presente nas dinâmicas), consegue administrar e decodificar a carga de sugestões, a fim de implementá-la conforme a necessidade/aproveitamento de cada experiência nas rotinas da empresa.

As técnicas de um BS são variadas, podendo ser in loco ou externas:

De associação clássica,
De multi associação,
De hiperligação,
De concatenação,
De sensação táctil,
De conexão e extrapolação,
Dinâmicas competitivas,
Dinâmicas multimeios,
Grupos de discussão,
Prematurização e incubação,
Intervenções cênicas ou artísticas,
Técnicas de representação gráfica,
Diálogo face to face (1/1) ...entre outras...

Por fim, a eficácia do método pode ser claramente medida quando, na prática, é adotada, tornando-se um ativo para a empresa.

Nada se cria? Ledo engano.
Tudo se recria? Quase lá.

Então, qual o objetivo do BS?

Inovar
visão sistêmica para
Criar

sábado, 6 de junho de 2009

DE CATEGORIA



Valencianidad: És o no és una Calunya? Si, pero de Categoria.

CATALUNYA
ASSUNCIÓN
TEGORIA
ESPAÑA
GOLAZO
OOOOOLEEEE
RONALDINHO
INIESTA
ALACANT

domingo, 25 de janeiro de 2009

TARJA PRETA: ALUCINANTE COMO UM THRILLER, ALUCINÓGENO COMO AS HORAS



Baseado em fatos reais, quase reais.



Foi numa quinta-feira, véspera de feriado.

O amanhecer trazia consigo um sopro de ansiedade.

Eram 6:00 e o primeiro indício do que seria meu dia veio por meio de um anúncio publicitário de esmaltes hipoalergênicos.

Não sei ao certo, mas abri uma Abril exatamente no meio de um editorial de moda. Ao virar a página, a chamada em caixa alta gritava:

Vermelho Ultrafixante: 23 ml. de puro sangue.
Voçê vai ficar marcada para sempre.

Li, reli, refleti... Além do estilo "sanguinário" do redator e da direção de arte "cheguei", nada de mais. Voltei pro texto, pensei... desliguei.

Enfim, já que perfumaria não tem desconto, minha impaciência fechou a revista.

Fiquei inerte. E uma pausa colateral aciona meu despertador interno. Então, meio no solavanco, olhei pro criado. Mesmo inanimado, um ser digno de respeito. Todas as noites ele serve drinks, ou pelo menos, acondiciona doses, além das alcoólicas, algumas antidepressivas.

É como se fosse algo firmado em cartório, algum tipo de promessa de compra e venda entre as partes da minha pessoa. Sabe, do tipo contrato de gaveta, guardado dentro do mudo, que se por ventura falasse não seria criado mudo.

Bom, também fui criado assim, obedecendo ordens. Meus avós maternos, tinham no grito, a eficácia do método. Uma espécie de coronelismo interiorano, mentiroso e infiel.

Já, o criado, é fiel. Fiel depositário de um arsenal químico que administro todos os dias. São terrabytes de AntiSad ingeridos com qualquer líquido.

Não é fácil. Já fiz o teste, sei como é. Escutar as batidas binaurais é pior que ouvir o liquidificador elevado a terceira potência, às 6:30 da manhã. Pior ainda, acreditar que tudo aquilo voltava a se repetir, dia após dia.

Se não saio da cama, ela me chama. É como ficar literalmente pregado, martelando agústias do ontem.

Por fim, trampolim.

Faltava encher o copo e ingerir a sobredose.

De repetente, o sem fio toca e o sem saco diz: se for hora extra, prefiro a cama.

Resolvo atender: Sim. Quem é? Não há resposta, há silêncio.

Retruco: Tu é surdo, mudo ou depressivo como eu?

A réplica vem em forma de gravação...

Se você está disposto a mudar de vida, acompanhe esta mensagem até o final:



  • Disque 1 para mudar de vida




  • Disque 2 para saber como




  • Disque 3 para agradecimentos




  • Disque 4 para arrependimentos




  • Disque 5 para falar com seu destino e saber mais




  • Optei pelo 5, escutei minha voz interior e ouvi a gravação.

    Não sei ao certo se era gravação ou ao vivo. A questão é: ainda estou vivo. Naquele momento, minha orelha foi dilacerada e senti o canal auditivo não responder. Meus estímulos promoviam sudorese ocular, a locução terminou e o tempo parou.

    Tomado pelo espanto, senti a frase que acabara de ouvir percorrer meu quarto, sair pela rua e voltar com força. Minha curiosidade replicava náuseas e expulsava vômitos.

    Não haviam respostas, muitos menos recursos, apenas uma pergunta:

    Por que eu?

    Ainda com o fone na mão, sentado na cama, olho para a janela. Vi minha imagem deformada, vitrificada pelo hálito acumulado.

    Aos poucos, o medo dá lugar a curiosidade e decido buscar os porquês.


    To be continued...