sábado, 22 de novembro de 2008

MICROORGANISMOS DE CONSUMO X CRISE FINANCEIRA: ESPECULAÇÃO, REALIDADE E FICÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA


Enquanto grandes indústrias, expressivas organizações e convergentes blocos econômicos cuidam dos primeiros socorros da saúde de suas finanças, outros organismos de consumo que pouco ou nada sofrem com os impactos da retração macroeconômica, tratam de fortalecer sua própria moeda, a lei da oferta e da procura.

Entretanto, o crack das bolsas promovido, em grande parte, pela lucrativa e arriscada jogatina dos apostadores do circuito financeiro mundial, vai forçando o tal Plano B, uma mudança estratégica de última hora nas bases que sustentam toda economia mundial, que promete trazer consigo um novo aculturamento sócio-econômico norteado pelo invariável propósito de sobrevivência.

Assim como no poker, onde o ato de persuadir e ludibriar o adversário faz parte de um "jogo de cartas narcadas", servindo de remendo ou de coringa para quebras e sabotagens, a especulação dos banqueiros e investidores apresenta relevante similitude. Ou seja, quando tudo dá certo, a regra geral é: blefar, apostar, comprar e ganhar. E como não poderia deixar de ser, o produto da soma dos ativos que circulam nesta globalizada mesa de apostas é um só: especulação viral.

Se a banca quebra, os banqueiros são nocauteados. Se a banca ganha, outro alguém sai ferido e assim por diante. Pensando nisso e no intuito de minimizar os impactos da crise e de prevenir novos sintomas, políticas anti-cíclicas já rondam outras mesas não menos arriscadas, as do alto escalão governamental.

Embora temerosos quando ao destino dos empreendimentos, pequenos empresários e autônomos, cujos negócios também dependem das regras da economia institucional, acabam impactados por outras plataformas comerciais. Como tais, podemos citar a inexorável lei da oferta e da procura, valorização cambial, balança comercial revigorada, o incremento no poder de compra do cidadão médio, a disponibilidade do crédito, livre concorrência, a elevação dos padrões tecnológicos de produção e, até então, a redução significativa da taxa de juros.

São Paulo - Capital Nacional do Varejo

A terra da garoa, como é conhecida a maior metrópole da América Latina, vem respingando exemplos oceânicos de consumo, como é o caso do varejo.

To be continued...

Palavras Chave:
desdobramentos, cenário político, macroeconomia, microeconomia, crise cambial, capital especulativo, ativos, liquidez e retração.



terça-feira, 2 de setembro de 2008

Kim Min

A liberdade é uma criança coreana equilibrando-se na Muralha da China.

Ela brinca, corre solta.

Solta pipas, prende a respiração.

Pede licença, passagem.

Tropeça, cai, levanta.

Ergue e forma levantes.

Mas assina termos comprometedores para disfarçar os traços orientais.

Impossível passar despercebida com tal hálito, triste hábito.

Pouco importa o veneno que carrega ou a ideologia que impõe, basta espremer o antídoto.

Liberdade: Kim Mindera tê-la.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

UMA ESPANHA DE MUITAS ESPANHAS:

A INTERMINÁVEL CHAMA INDEPENDENTISTA NO EXISTENCIAL DO POVO ESPANHOL



As imagens acima falam por si. Ou melhor, esbravejam.

A incandescência do reclame, que propaga muito mais que um simples posicionamento étnico, nada mais é que o fruto do eterno sentimento patriarcal desvelado a cada debate.

Dados estatísticos comprovam: 5 em cada 10 espanhóis ignoram aspectos fundamentais da cultura de seu país, porém são objetivos e precisos quanto as questões que tratam da complexidade etimológica das 17 comunidades autônomas espanholas.

Para quem desconhece o termo, uma comunidade autônoma é uma região dotada de organismos governamentais próprios, bem como estatutos e instituições representativas. Assim como cultura fortemente apoiada sob o tripé: idioma, raça e história.

Felizmente ou infelizmente, as autonomias foram a solução encontrada na chamada época pós-franquista para um problema secular do país: as intermináveis reivindicações democráticas por vistos nacionalistas e as relações bilaterais de poder entre estado e sociedade civil.

Mas afinal, de que pátria falamos? Que Espanha é essa que ensaia ares separatistas sem ao menos saber como, onde e o porquê daquilo tudo? Pior ainda, sem saber das consequências que este ânimo independentista e esta segmentação podem trazer ao país.

Pelo visto, já virou moda, uma espécie de estilo de vida passado de pai para filho.

Intrigado com tamanha polêmica, certa vez, perguntei a um jovem catalão, sobre o significado da palavra medo.

A primeira resposta veio através de um silencioso, atento e demorado olhar. Em seguida, complementou: "Meu maior medo é ter a sensação de caminhar pelas ruas da minha cidade e perceber que poucos são como eu, catalães de sangue. Isso me causa profunda insegurança, isso me causa medo".

Xenofobia, racismo, medo, globalização ou todas as anteriores?

Pouca importa a ordem dos fatores ou a conseqüência dos fatos.
Enfim, a porta já foi aberta.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

AÑ? COMO ASSIM?

Imagine três diálogos paralelos.

Descreva-os em 50 linhas, desorganizando protagonistas, um meio de semana e um fato social.

Proponho uma dinâmica de falas entrecortadas por uma única proposta chave.

Imagine: mãe, pai e filho(a), não descartando a possibilidade da existência de cão ou gato no decorrer da história.

Como aspecto complementar, plasme uma noite de reveillon, uma casa em chamas, muitas risadas e um bilhete de loteria supostamente premiado.

Junte todos esses elementos, triture, agite bem e sirva em doses
camparianas.

QUARTA-FEIRA, 31 DE DEZEMBRO DE 2008.

O FUTURO É UM INTRUSO <> O PRESENTE JÁ É PASSADO

Protagonistas:

Lispector: 16 anos, menina tola e suas vivências orgasmicas.
Sclier: 60 anos, romancista e jogador inveterado que aposta na cultura.
Medeiros: 45 anos, mãe prototipada, colunista razoável.
Coronel: 10 anos, 42 dentes, 7 vidas e muitas histórias.

######################################

Clarice! Venha cá, minha filha.

Outra vez, mãe. O que é?

Nada, nada minha filha. Arruma o cabelo.

Marta, esqueçe os preparativos, agora são 2 da tarde.

Então faz essa barba, Moacir e larga o azar, porque hoje é dia de sorte.

Isso é besteira, a mãe já dizia que crendice não atrai sucesso.

ATENTA AO DIÁLOGO, CLARICE QUESTIONA:

Mãe, eu vou fazer sucesso?

OPTA-SE POR SILÊNCIO...

LUIS, O GATO PRETO DA FAMÍLIA, PULA NO COLO DE MOACIR, PAI DA JOVEM SONHADORA.

Viu, o Luis sabe muito bem que azar ou sorte são nossas únicas opções.

Deixa de filosofar, que tua filha tá com fome.

Mãe, não to com fome, quero respostas.

Ahn...então é sede. Sede por respostas.

E muita vontade de perguntar, né?

Minha amada, não sei se te respondo com um sim ou com um claro que sim.

O TOM HILÁRIO DA PROGENITORA PROVOCA RISADAS.

LUIS SALTA DO COLO DE MOACIR E CAMINHA EM DIREÇÃO A COZINHA.

A CAMPAINHA TOCA...

CLARICE ACELERA O PASSO E ATENDE A PORTA.

MARTA SE ATENCIPA E ADVERTE: Não abre sem perguntar, minha filha.

Quem é?

Oi, Clarice. Teu pai tá aí?

Quem é? Insiste a menina.

Quem é, Clarice? Diz Marta em tom quase imperativo.

Não sei mãe!

Pergunta quem é, filha. Insiste a progenitora.

Não tá respondendo.

A MENINA DESISTE E RETORNA A SALA DE JANTAR.




To be continued...

quarta-feira, 30 de julho de 2008

TEMOR A QUEIMA ROUPA

Temo, mas enfrento.
Cuspo, mas engulo.
Rasgo, mas costuro.

Meu único livro.

Por não dar conta das páginas roubadas,
convoco "un centenar de capullos sin traducción".
Vindos dela, a inspiracción.

São propósitos similares aos da colega Sandra Radin, 2° VIG.º.
Faleceu vitimada pelo câncer.
Sem desmerecer minhas últimas palavras.
Viloladas, guilhotinadas, usadas.
No escorrer das calçadas.

A cada lauda queimada, dois exageros.
A cada pranto, a despedida.
Toda ingenuidade a serviço da falsidade.
Pura maldade.

Bibliografia de um homem só.
Se for sanidade.
Não tenha dó.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Decodificação Banal do Pensamento

Quem pensa 99 vezes e nada descobre, nada pensa, pouco articula e filosofa. Quem pensa 99 vezes e nada descobre, está fadado há distanciar-se de um auge crítico filosófico, logo pouco compara e pouco edifica. Nesse caso, nota-se uma ausência não definitiva dos surtos de lucidez.

Pelo visto, a quantidade de ações reflexivas não está necessariamente ligada ao descobrimento da verdade sobre algo ou alguém. Entretanto, quando agimos de forma filosófica, desbravadora e vital, nos tornamos hábeis articuladores e passamos a enxergar sem borrões, mas com clarões as muitas verdades, as nossas intimidades, as verdades do mundo.

Com ou sem regras, busco o contraregras.

domingo, 13 de julho de 2008

CALEIDOSCÓPIO

O ar cheira a progresso e a radiotividade.
A natureza apresenta temperamento instável.
As músicas de protesto desafiam, desafinam.
Um ruflar irritante, o inflar de uma nação.
Monopólio dos costureiros parisienses e suas agulhadas envenenadas.
O chão de fábrica é praça pública, lavada por sangue.
Alvoroço, levante público, absurdo.
Tanta gente livre à procura de liberdade.
E o autodidata confuso? E os filósofos burocráticos?
E a liberdade que corria solta?
Um grande vazio.

Caro amigo troglodita, como as coisas mudaram.
Foquetes interplanetários, aviões a jato, computadores eletrônicos.
O vale do silício foi todo escavado, virou depressão.
Códigos jurídicos, arranha-céus, asfalto, roupas de tergal.
E o homem continua defendendo-se do HOMEM com a mão.
Meliantes, sonegadores, cinemaníacos, pleonasmicos.
Chovem no molhado, sob as vestes dos rivais.

Para noticiar tais avanços, entra em cena o escritor polimorfo e suas notícias anti-estéticas.
Para censurar, magnatas e suas atas, pulverização das verbas públicas.
Semáfaros apagados, subliteratura em três tempos.
Ready...
Set...
...I
...P
...S
...I
...S

...L
...I
...T
...T
...E
...R
...I
...S
Trabalhos justos e imperfeitos.
Fugitiva paciência franciscana.
Povo enclausurado, ludibriado, coitado.
Ambivalência, euforia e angústia na era espacial.
Viva o homem feito de papel.
E sua tesoura, aparando arestas.

Quantas mudanças, raquítico serviçal.
Fórmulas da paz, módulo capsular que rasga o nada.
E invade lentamente minha consciência.
Pesada como mil kilos de plumas.
Ao escrever, a libertação: dos ombros tiro a tonelada.
Da mente, a ira maltratada.
Estrelismo barato, autógrafos com sangue.

Pelo visto, tudo isso me assusta.
Não sei ao certo se sigo ou travo.
Tenho medo das consequências.
Justiçeiras que tanto me rondam.
Atuam sobre o tempo das coisas.
Em meio a tudo, algo é certo:
A imperfeição do homem é sempre relativa.
Multiopinativa dentro de jaulas mentais.
Nódulos para calar o ímpeto, óbulos para converter o ímpio, óvulos para a fertilizar a terra.
Mãe natureza, de uma filha tecnológica e pós-moderna.
Que ainda vou amar.

Olho por olho, dente por dente.

Não sou escravo, nem doente.

O caleidoscópio não mente.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

PRESENTEÍSMO: O CLIMA ORGANIZACIONAL COMO X DA QUESTÃO

Desconhecido, polêmico, uma adaptação moderna da depressão organizacional?

No mínimo, estas três alternativas servem para decodificar, em parte, este novo termo como ares de palavrão.

A expressão é reveladora, trazendo consigo todas as interrogativas e prerrogativas de uma ampla discussão, prestes a implodir novos debates.

Estas 59 linhas, sem falar nas entrelinhas, têm como finalidade, no tocante ao presenteísmo, aclarar as questões que tangem sua complexidade, esclarecendo os perigos deste “tumor organizacional”.

Bom, vamos interpretar as coisas. Ou melhor, os sentimentos.

Em síntese, presenteísmo nada mais é que estar presente no ambiente de trabalho, mas ausentar-se diante dos outros aspectos organizacionais que mantêm viva uma empresa, independente do porte ou estrutura.

É estar ali, lá ou acolá e, simplesmente, não ser notado. Pior que isso, ser alvo das críticas desferidas por outros integrantes da equipe.

Sem sombra de dúvida e com toda a clareza, um problema de difícil diagnóstico que, acaba por “contaminar” outras pessoas dentro da empresa. Além do mais, o colaborador atingido também pode sofrer de problemas de saúde, tais como: dores musculares, insônia, gastrenterites, entre outros.

Tratando em miúdos, rins, coração ou fígado, é muito mais que adoentar-se, no sentido literal da palavra. E nestes casos o atestado em questão é o da incompetência ou em curtas e “assassinas” palavras: você não traz nenhum resultado. Está sempre doente.

Vejamos, um presenteísta é aquela pessoa, homem ou mulher, presente no mercado de trabalho, mas distante de tudo e de todos, sem ritmo produtivo e teoricamente enfermo.

Da teoria, outra tese: o funcionário presenteísta, pela fragilidade que o assola, absorve boa parte dos maus momentos da empresa, sejam eles provenientes do micro ou do macro ambiente organizacional.

Seria decadência? Ou quem sabe, decorrência dos minguados investimentos na saúde dos colaboradores da empresa.

Afinal, onde está o “fracassado”? O recruta ZERO existe? E se existe, poderia ser o gestor da empresa, responsável pela manutenção do capital humano?

Devido ao alto custo do presenteísmo, algumas empresas de grande porte já acumulam investimentos no assunto, diagnosticando e tratando antecipadamente os presenteístas.

Uma das grandes ferramentas de apoio ao departamento de Recursos Humanos, servindo de base para a verificação prematura desta problemática, chama-se processo seletivo continuado.

De cunho institucional, trata-se de avaliações in loco que revelam indicativos preciosos para o acompanhamento dos colaboradores da empresas.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o presenteísmo já é tido como inimigo oculto da produtividade. Em contrapartida, em terras tupiniquins, a grande maioria das empresas sequer sabe o significado desta palavra.

Presente, mas doente. Ausente, mas custoso. Invisibilidade ou incompreensão? “Corpo mole”, desmotivado ou retrabalho? Enfim, o x da questão é alternativa múltipla. E o produto é muito mais que o tradicional stress at work.

Um aviso aos navegantes deste grande oceano de causas: os preocupados com produtividade, qualidade e forças competitivas, por favor, revisem seus quadros organizacionais e por que não, seus conceitos.

Tempestuoso ou não, o clima organizacional é o x da questão. Preparem os guarda-chuvas, precipitações anômalas podem ocorrer na sua empresa.

Para evitar “presentes gregos”, aqui vai uma dica: planejamento = antes.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

COMENTÁRIOS PUBLICITÁRIOS PARA OTÁRIOS - Por Julio Cortázar




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segunda-feira, 21 de abril de 2008

LEVIANO, DRAMATURGO E CHARLATÃO CONSIDERAÇÕES HIPOTÉTICAS DE UM OHERIC MODERNO

Medicina Experimental - Matriz para leigos

Problema: descobrir o motivo pelo qual.

Observação: fuga, insensatez, mediocridade.

Hipótese: hipotética, sem dúvida nenhuma, concreta, feita de pedra, fria.

Experiência: anos e anos clinicando, orando, chorando, procurando rimas idiotas.

Resultado: auto-crítica, flagelada, quente, ríspida.

Interpretação: em fase inicial, esta patalogia pode ser detectada através de rastreadores, revelando ausência do justificável. Trocando em miúdos, rins, coração ou fígado, trata-se de um típico quadro de má administração das refeições intravenosas, ou das faculdades da vida. Para leigos, objeto jocoso lançado em direção das muralhas paradigmáticas que bloqueiam a sudorese ocular.

Diagnóstico: síndrome da infantilidade de Claude Bernard, associada a interrupção drástica dos estímulos que regem o caráter humano, gerando alegorias cancerígenas.

Tratamento: doses homeopáticas de AMOR por longos períodos, adquirindo dependência para com a química.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

PAN...PAZ...PAN...PAZ...PAN...PAZ...

A 1° peça a gente nunca esqueçe.

Tomara
que
o
destino,
este
fajuto,
me
pregue
essa
peça:
figurar
no
quadro
dos
"100 melhores".

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Crime Lesa Pátria *** Crime Lena Pátria: Auto Punição sem Munição

A pátria amada feriu.

Mais que mãe gentil, mulher de saltos, sobressaltos.

Tem na láuria acadêmica, sua triste condena.

Autor, co-autor, mutualidade, flagelos tão sinceros de nós dois.

Auto punitivos, ingratos.

Mas se há amor, que sigam os fatos.

Idiomáticos, catedráticos, fascinantes.

Calamos
Calúnia
Luxúria
Penúria

Não há culpados
Não há certeza
Do teu reinado
A realeza

Enfim, restam os cacos.

Milhares, esparramados como alvo abatido.

Triste, ferido.

Com projétil choroso, anunciando desfecho.

Charmoso, por vezes deselegante.

Interminável como meus beijos, esparso como meu respirar.

E se vai a alma
E se vão os planos
E se vai a paz
E se vão os anos

E se vem amor
E se vai calor
E sem tem libido
E se vai castigo

E se vai a terra
E se vai com ela
E se for Natal
E ser for igual

E se vai Rio Grande
E se vem Bahia
E se vai condena
E se sai da linha

Do prumo
Das dores
Que carregam
Sabores

Insípida
Soborosa
Quando me vê
Toda prosa

Te quero curando-me
Minhas aleijaduras barrocas
Minhas desculpas roucas
Minhas vontades loucas

E se vou ao norte,
macho.
E se vai milico,
marcho.
E se for Bahia,
clamo.
E se vai terrinha,
amo.

E se for boa terra
E se for sincera
E se for amor
E se tiver sabor

Peça a Deus com ardor.

Voluntária da Pátria.
Travessia impura, pecaminosa.

Azeite, azar, aceite, amar.

Amor dendê, que rompe irís, cega homem, mata ibís.

Pernalta, pescoçudo.
Dizia que amava, absurdo.

Bico fechado
Coração aberto

Um negócio mal feito
jogo certo

Objecto de venereção religiosa.

Voa
Vai
Vive
Cai

Sofre
Canta
Reza
Vai

Faz
Ama
Lena
Trai

Tuas próprias dúvidas, teus muitos sabores.

Cria
Recria
Desfaz
Refaz

Constrói
Destrói
Um par
Um lar

Uma chance
Uma vida
Um lance
Uma Nina

Um amor
Uma paixão
Uma certeza
Uma razão

Não é Bahia de todos os santos.
Mas tem santa Lethea.

Por isso, só por isso, meu coração sofre.

Baiana é aquela que entra no samba de qualquer maneira.
Mexe, remexe, dá nó nas cadeiras.

E na minha cabeça.

Sem articular
Sem articulações
Sem vida
Sem verões

Ou cem verões
Ou mil invernos
O triste feito
Dos homens cegos

Resposta ao alegretense Mario de Miranda Quintana:
sinfonia da medicina laboral nos plantões da minha vida.

domingo, 6 de abril de 2008

S I N A

BASTA!

CLIENTE TAMBÉM É GENTE!

FAÇA COMO A GENTE:
TENTE, INVENTE, GRITE DIFERENTE.

NÃO FUNCIONANDO, PROCURE A SINA:
Sociedade
Inconformada
Neurótica
Anônima

FAÇA A DIFERENÇA!


No Brasil, infelizmente, já são mais de um milhão de clientes inconformados que sofrem com os efeitos do linguajar repetitivo, das táticas psicológicas, das mentiras e dos incansáveis pedidos de calma por parte dos tele operadores.

Basta! Isso tem que acabar.

Os sintomas são múltiplos, mas o tratamento, apenas um: nosso ouvido amigo. E a cura: sua denúncia, pois para quem trata a tempo, sempre há uma saída.

Assim como os tele operadores, você não terá cara, nem coração, permanecendo anônimo durante todo o processo investigativo.

DENUNCIE!

Faça parte dessa SINA. Ajude-nos! Pois a nossa maior sina é lutar por você.

Denúncias: (051) 123,45,1000 queremos que o S.A.C vá pra ponte que partiu ou pelo site - www.sina-rs.org.br

TÍTULOS | TITULAÇÕES E TITULARIDADES DE UMA TITOLOGIA SURREAL

1)- Decadência natural de um órgão humano quando inserido num contexto surreal

2)- Cabeça esperando pelo seu julgamento

3)- Um aprisionado, um louco e um túmulo

4)- O normal e o imaginário na criação de um tênis

5)- Demonstração de uma calça engomada por uma árvore

6)- O enigma da jovem camponesa, seu adorno floral e um erro fatal

7)- Estudo aleatório do surrealismo

8)- Depressão surreal

9)- 5 minutos para a morte

10)- Três mulheres ordenando uma execução

11)- Prenúncio do caos global

12)- Três catástrofes interligadas e magnetizadas

13)- Circulação vaso maquinária de um ser

14)- Atrocidades do maquinário, beldades do orquidário.
Todas armazenadas em refratários, legendários recipiandários.

15)- Odisséia de um homem em negrito, enegrecido pela fuligem das mazelas sociais

16)- Encarnação viril do pontilhismo

17)- Refeição intravenosa numa manhã de sábado com conseqüências cutâneas

18)- Capoeira perversa e o enigma do vodu

19)- Disparos mortíferos sem a intenção de ferir

20)- Garimpagem intrauterina & escavações vaginais

21)- O meu amar é GiGANTESCO, teu prazer, é GROTESCO

22)- Disseminando a paixão ALVI RUBRA nos arredores da Azenha

23)- Devaneios publicitários em frações de segundos

24)- Mediocridades gastronômicas X Grandes Chefes de cozinha

25)- A alma da propaganda são os NEGÓCIO$?

26)- O mídia e as suas tragédias

27)- A aparente insignificância do meu sucesso

28)- Três contos acefalobráquicos

29)- QUANDO O CALOR MATA

30)- GIGANTES malfeitores X anões benfeitores = Intervenção DIVINA

31)- As múltiplas voltagens do prazer

32) Informar é sobrevivência, mas manipulação de pensamento já é escravidão.

33) Marmotas adoram bolotas, contam lorotas, verdadeiras chacotas.

34) Mil Folhas Redigidas: Doces Amargos da Minha Vida

35) Terapias de reverssão: a infância como foco principal das análises retroativas.

sábado, 29 de março de 2008

Parodiando | Poética de Manuel Bandeira

O Anti-romântico

Estou farto do romantismo cego.
Da cantada banal, bem comportada.

Da jura que se faz presente, no assinar do expediente,
que abala o coração da gente e nunca tarda em chegar.

Estou farto do romântico plagista, senhor ilusionista, verdadeiro piadista, a cada beijo roubado.

Abaixo aos românticos.

Todas as palavras, sobretudo as que iludem.
Todas as construções, sobretudo as de açúcar.
Todos os tipos, sobretudo os fajutos.

Estou farto do falso namorador.

Melindroso charmoso.
Mentiroso odioso.
Gala, titã.

De todo o romântico que intitula a ele mesmo.

Do resto, não há saudade. Será contabilidade listada em cartas perfumadas, de amante exemplar.Com todos os tipos de rotas e fugas e as diferentes formas de ludibriar e enganar.

Quero antes o romantismo dos mortos.
A rudeza dos porcos.
O manifesto dos contrários,
que vivem dos hilários,
contos dos vigários.

Não quero mais saber do romantismo que não seja pela contramão.

Óleo, sal e limão.
A melhor combinação,
no meu coração.

Parodiando | Poética de Manuel Bandeira

Promessas descumpridas

Estou farto do mentiroso cego.
Da mentira sutil, bem comportada.
Da calúnia que se faz presente, no assinar do expediente, que nunca tarda em chegar.

Estou farto do vocábulo calunioso, andarilho que se diz vitorioso, a cada voto vencido.

Abaixo aos mentirosos.

Todas as palavras, sobretudo as mentiras.
Todas as construções, sobretudo as maquiavélicas.
Todos os tipos, sobretudo os inclassificáveis.

Estou farto do falso namorador.
Político crítico.
Corrupto de luto.
Mentiroso fajuto.
De todo o pseudo que intitula a ele mesmo.

Do resto, não há verdade.
Será contabilidade listada em tabelas de dividendos, de amante exemplar. Com cem modelos de cartas e as diferentes formas de mentir e agradar.

Quero antes a mentira dos loucos.
A trova dos bêbados.
O discurso difícil e veemente dos que amam.
O enganar dos palhaços dessa nação.

Não quero mais saber da mentira que não seja solidão.

TIORIA DO CAOS

Em outubro de 2003, após degustar, veja bem, degustar uma cubata de caipirinha, em poucos segundos, proferi o seguinte:

Segundo a "tioria" funcionalista, as disfunções, quando providas de organismos essenciais e coerentes entre si, podem até, se não eliminadas pelo sistema funcionalista, e, através de possíveis enlaces conjunturais, gerar novos subsistemas capazes de nutrir eixos ideais.

Tio, ria do caos.

O Gigantismo e o Nanismo do Ato Suicida Justificando Contra Culturas

Análise Crítica - Paradise Now

Ao assistir o filme Paradise Now, percebi que o tema principal, o suicídio altruísta, foi tratado com clareza e transparência única. O detalhismo social é intenso, forçando o receptor à crítica pontual e permanente. O que é certo: Lutar contra a repressão ditatorial através das armas, promovendo atentados e conspirações? Ou buscar na paz e no debate franco, mecanismos de ajuste das disparidades sócio culturais.

De um lado, uma parcela social que defende a ação terrorista de banir a vida como forma de vingança. Sendo assim, o revide, quando vem, independentemente de quem venha e quando venha, vem mal, gera destruição, pânico e um desgaste social automático.

Do outro, os contrários que buscam soluções urgentes para um cessar fogo. Sem dúvida, um contexto bastante adverso, tanto é que os próprios protagonistas, elementos chave do foco persuasivo transmitem uma idéia fortificada do comprometimento para com o ato de suicidar-se em prol de um ideal de libertação. Ao mesmo tempo, e ao longo do filme, aspectos de resignação e questionamento, traduzem certo clímax antagônico. Seguindo uma linha apurada, o próprio desfecho é cercado de dúvidas e ansiedades.

Já, na fronte do questionamento, uma pergunta se multiplica entre todos nós: quantos atentados a bomba seriam necessários para contornar ou dar fim à disputa ideológica? Absolutamente nenhum! Justamente, porque a história provou que o acúmulo de embates nada ou muito pouco produziu, ao contrário, serviu para causar mais discórdia entre regiões fronteiriças onde o diálogo é áspero e escasso.

Com base nos aspectos mencionados, concluo que o ato suicida, assim como as suas causas, efeitos e polêmicas, dificilmente deixarão de existir. E mais, a tendência é que haja um significativo aumento dos casos. Enfim, reafirmo tal polêmica com a célebre frase do Filósofo Albert Camus: "O suicídio é a grande questão filosófica de nosso tempo, decidir se a vida merece ou não ser vivida é responder a uma pergunta fundamental da filosofia".

+qd+













Às Segundas, és perambulante, preocupada e confusa.

Às Terças, és criativa e, ainda, corrente como num lastro surpreendente.

Às Quartas, torna-te mais mansa, mas não descansa em correr.

Às Quintas, surge um ar de preguiça, que se espreguiça no tradicional café.

Já, às Sextas, a noite ganha o encanto do luar.

Chegou o Sábado!

Corra e faça zorra.

Grite, agite, ame e declame.

Dance, cante, chore e tome porre.

Mas sorria, pois a vida é alegria.

Aos Domingos, aproveite!

Beba vinho ou coma macarrão, e, depois, vá passear no Brick da Redenção.

O entardecer se vai e a noite cai.

Foi-se mais uma semana nas nossas vidas.

Guardemos energias, pois Porto Alegre não pode parar.


Homenagem a Porto Alegre em comemoração aos seus 236 anos de história.

FUTEBOL

É UMA ENORME PAIXÃO,
NÃO É SÓ COMPETIÇÃO,
ENCHE A ALMA DE FESTA,
FAZ EXPLODIR O CORAÇÃO.

SALVE, INTER GIGANTE.
HERÓI, SEMPRE GUEREIRO.
CHAMA DE GARRA E AMOR,
MEU TIME ALVISSAREIRO.

INTERNACIONAL DE TANTA RAÇA,
A TUA FRENTE, MINHA BANDEIRA.
QUERO SEGUIR TEUS PASSOS.
COLORADO: A VIDA INTEIRA.

CAMPEÃO NACIONAL, TANTA ALEGRIA,
GRUPO BATALHADOR E ALTANEIRO,
RECEBE O ABRAÇO DO TORCEDOR
E TODO ORGULHO BRASILEIRO.

EM CADA JOGO, UMA ESPERANÇA,
E CRESCE A FÉ NA DIANTEIRA.
VIBRA CORAÇÃO MENINO:
PARECE ATÉ GOLO DE PRIMEIRA.

FUTEBOL É O GRANDE ESPORTE.
INTERNACIONAL, O MENSAGEIRO.
HOJE É O DIA DA MINHA FESTA:
MEU TIME É O PRIMEIRO.


2° colocada no Concurso de Poesias do Sport Clube Internacional.
Promovido pelo Departamento de Esporte e Cultura.

Pequena ideologia do ser SIMPLES

A humildade e a simplicidade manifestam-se, até, num simples e cotidiano suspirar.

Inúmeros são os exemplos de como é simples ser simples e como é maravilhoso e fascinante descobrir ou redescobrir a simplicidade das coisas.

A humildade, liberdade, igualdade e fraternidade, traduzem a busca pela essência. Mas, antes de tudo, é preciso informar: necessitamos de pessoas simples na sua essência, mas com conteúdos e propósitos nada simplórios.

Humildes o suficiente para saber que há muito por fazer. Polindo arestas, qualificamos nossa ALMA e objetivamos o nosso crescimento espiritual.

Buscar este dinamismo emocional significa aceitar que a simplicidade é necessária, universal e está ao alcance de todas as pessoas, inclusive jurídicas.

Ser ou não Ser, eis a Simplicidade.

O DIA D

NADA COMO UM DIA APÓS O OUTRO


Segunda-feira, 23 de outubro do presente ano, 8:45 min. da manhã. Faz calor na capital dos gaúchos, e o entrecortar, quase instantâneo, de automóveis e pedestres, dá vida, forma e um colorido gris a uma metrópole que inspira e expira ares de modernidade.

Como todo o desempregado que objetiva novos ares profissionais, saio em busca de soluções, melhores oportunidades e, munido de currículo, recorte de jornal e fé, fui até a Zona Norte da capital para ser entrevistado.

Eram 9:30 min. da manhã e lá estava eu com a minha pontualidade britânica a caminho de mais um recrutamento, que não era o militar, mas não menos exigente. Já, nas proximidades, percebi um burburinho de populares aglomerados em uma movimentada esquina e motivado pela minha nada britânica e bem brasileira curiosidade, alonguei meu pescoço para captar algumas instantâneas do fato que ali transcorria.

Havia indícios de pânico, coisa feia, por isso tive receio em me aproximar. Mesmo assim, estaqueado por alguns segundos, perguntei a mim mesmo: E se alguém estiver ferido, precisando de socorro imediato? Seria por bem ajudar! E aquela gente toda, interrogativas, com as mãos na cabeça, o que fazem se absolutamente não fazem nada? Não pode ser. Algo terei que fazer.

Subitamente, a coragem tomou conta do meu ser e, com bravura habitual, perfurei aquele círculo popular para prestar algum tipo de ajuda. Cena trágica! Tive medo e, por alguns segundos, pensei em voltar, dar marcha atrás, porém o que presenciava era forte o bastante para exigir o meu comprometimento. Assim que, não só permaneci, como agi de imediato. Como dizia meu avô, fiz o que deveria ser feito.

Havia um senhor estendido no chão, tipo comum de meia idade. Imediatamente, percebi a ausência de sangue no local e por dedução, entendi que se tratava de algum problema cardiovascular ou algo do gênero. BINGO! Eis o fato, digo infarto. Podia ser médico, até que enganaria bem ou faria rir.

Eu agia e os outros olhavam, palpitavam, e porque não dizer, rezavam por uma graça, bênção, ação dos céus. Benditos e sábios fiéis! Mal começavam a rezar, eis que apareci e desatei os nós.

Havia três, o primeiro era o da gravata, que como toda ingrata, tratava de sufocar ainda mais o pobre senhor. Não obstante, tive que agir rapidamente para esquadrinhar um nó maior, complexo, desconhecido por mim: os tais dos movimentos cardíacos seqüenciais ou simplesmente massagem cardíaca emergencial.

Nem mesmo eu acreditava, apenas segui os meus instintos. Num ritmo frenético, os minutos se passavam, uns choravam e outros gritavam. E o que eu mais escutava era: Cadê a ambulância? Chama o SAMU agora! Vai, vai, chama aí!

Corajosamente, segui com a massagem, mas já pensava no pior. Pensava alto: vai, reage, reage! Pura ânsia de vê-lo por mais algum tempo vivo, seja lá qual for, neste mundo agridoce. De repente, eis que todos os santos, outrora evocados, despertam dos seus respectivos sonos e resolvem, por misericórdia, atender as insistentes preces dos mais devotos.

Foi o terceiro nó que desatei, ou melhor, desatamos, pois o senhor adormecido, desperta, balança a cabeça e mesmo com dificuldade, volta a respirar. O pior havia passado, mas o melhor estava por vir, pois passei a escutar gritos dos mais diversos como: Meu Deus, ele consegui! Viva o moço! Rapaz, tu é um herói! Bendita mãe que te pariu! Entre outros.

Diante das expressões de euforia, percebi a magnitude da minha ação e ajoelhado, caí em lágrimas, copiosas e heróicas lágrimas. Logo em seguida, desenfreada, surge uma unidade móvel de tratamento intensivo. O médico desce, presta os primeiros socorros acadêmicos e percebe certa estabilidade no paciente. Uma ótima notícia, a melhor de todas, alívio geral.

Já, postado na maca, o senhor é levado ao hospital mais próximo. Um arrepio toma conta de mim e, em meio a tremores, recebo um forte aperto de mãos do médico, que antes de entrar na UTI, profere as seguintes frases: Não há palavras para descrever tal ato de bravura. Não há nada como um dia após o outro, meu jovem. Dia após o outro? Como assim? Enfim, saí perplexo, curioso. Anestesiado por tanta adrenalina, tomei vagarosamente o meu rumo, recebi alguns aplausos e acenei em tom de agradecimento.

Olhos para o relógio, já eram 10 horas e o atraso, evidente. Meia hora de atraso ninguém aceita! Desolado, baixei a cabeça, mas levantei meu espírito, pois acabara de salvar uma vida. Entendi, naquele momento, que havia sido aprovado na mais difícil e complexa entrevista da minha vida.

Bom, tudo volta ao normal e o que passou, passou. Pensando bem, quase tudo, pois as lembranças não passam, ficam, se alojam, permanecem inalteradas por anos, décadas ou, quem sabe, por vidas.

Eu sigo a galopar, e os dias se passam. Respiro aliviado, mas como muitos, sigo desempregado, financeiramente abalado, porém já dizia o velho poeta: dias melhores virão!

Seguramente virão!

Sexta-feira, 27 de outubro, 3 horas da tarde. Sigo na busca, agora, sem o menor atraso, estou na sala de espera, aguardando um chamado para mais uma entrevista, mais uma etapa a ser transposta. Na sala de espera, verifico os ponteiros, o horário se aproxima.

Bebo dois goles de café e penso na importante entrevista que estaria por vir. Analiso o posicionamento a ser adotado, e, em meio a estratégias, relembro dos meus tempos de adolescente em que usava e abusava de atos persuasivos para vencer, vender, ensinar e conquistar, belos exemplos de marketing pessoal.

Já que não disponho de amansa burro, tento articular algo que o convença, seduza, que o faça rir, descolar os secos lábios de diretor. Enfim, um insight, frase bem feita, uma ação bem dirigida de marketing.

A secretária da direção bate à porta, entra na sala, gentilmente me cumprimenta e diz mansamente que a acompanhasse, pois, logo, eu seria chamado para falar com o Senhor João Carlos, responsável pelo Departamento de Marketing. Fui conduzido até a ante-sala deste Senhor e lá permaneci por 10 minutos, tempo suficiente para ordenar as minhas ações pessoais. Assim que, permaneci sentado, refletindo, quase filosofando.

O tempo de espera se esgotara e a secretária permite minha passagem. Agradeci e entrei confiante, pronto para persuadir, emocionar, mas sabendo que poderia fracassar, ou melhor, não agradar, pois fracasso, é não tentar.

Entro na sala e lá está ele, de costas para mim, borrifando algumas plantas exóticas como se a tal entrevista fizesse parte de uma mera rotina. Ainda de costas, exclama com voz firme: sente-se rapaz, fique à vontade! Respondi: obrigado, senhor! Sentei-me de costas para ele, que ainda borrifava as tais plantas e em resposta ao meu agradecimento anterior, complementou: Senhor que nada, chama-me de João Carlos mesmo. Senhor só existe um.

Vou te contar uma breve história, nobre recruta. Que achas? Por mim, tudo bem. Respondi sem muita emoção. De repente, eis que o tal diretor se aproxima da mesa, senta-se em sua bela cadeira de couro, olha-me mansamente e diz: O que houve rapaz? Eu nem te contei nada e me vens com essa cara de susto. Vamos lá! Que tal um aperto de mão?

Do outro lado, estou eu, atônito, pálido. Não conseguiria, seria impossível mover-me, estava fora de mim. Suspirei, tentei voltar e como de costume, pensei em voz alta: Este senhor que acaba de me estender a mão é pura e simplesmente a pessoa que, na última segunda-feira, salvei a vida e o pior de tudo, ele mal desconfia, afinal estava desacordado, entre a vida e a morte. Vamos rapaz, estou esperando por um cordial aperto de mãos, repetia o senhor.

Tudo bem, tudo bem, desculpa, estava aqui a pensar com os meus botões. Rapidamente, e sem pestanejar, ele retrucou: que bom! Que maravilha! Pensar em voz alta é quase o mesmo que se posicionar de forma filosófica, madura, estratégica, não achas? Sim, absolutamente certo!

Pois bem, como eu ia te propor, devo contar um episódio que há pouco ocorreu comigo, pra ser mais exato, na última segunda, quando saía de uma rápida reunião de negócios num bairro não muito distante daqui. Sabe, foi incrível, difícil até de acreditar. Difícil de acreditar? Estás certo disso? Certamente que sim, poucos acreditariam. Foi um legítimo milagre, meu jovem.

Decido por levantar-me, tomo a palavra e provoco: vejamos, posso lhe propor um desafio? Dependendo dele, pode, claro. Veja bem, na minha condição de postulante a uma vaga aqui nessa empresa e com toda a humildade, a partir de agora, te desafio.

Mas no que consiste esse enigma, meu audaz e persuasivo recruta? Simples, consiste no seguinte: eu lhe digo em minúcias o que lhe ocorreu na segunda-feira, inclusive coisas que o senhor desconhece e, caso não haja discordância e tudo corresponda à verdade, peço que me efetive nessa renomada empresa.

Vejamos, tu estás tentando dizer que irá tirar as palavras da minha boca como num passe de mágica? Negativo, não sou um mágico, mas sou um homem sensível, sábio, estrategista e por que não dizer, persuasivo. Está bem, comentários à parte, fale exatamente tudo o que eu fiz na segunda-feira após ter saído dessa reunião. Se obtiveres êxito, considere-se mais um entre nós.

Dei início ao relatório e, na medida em que ia enumerando os fatos, o diretor franzia a testa e arregalava os olhos. Incrédulo, falava baixinho: como pode, como pode, meu Deus? Em tom de desabafo, meu discurso seguiu por mais uns 10 minutos, contei absolutamente tudo o que fiz e tratei de não esquecer nenhum detalhe. E o João Carlos? Seguia estupefato, desbotado, visivelmente emocionado.

Já estava por finalizar, quando fui interrompido pela mão deste senhor, que trêmula, emitia sinais de negativo. Não fale mais nada meu jovem enviado de Deus, mal posso acreditar que és tu o responsável pela minha permanência nessa vida. Então foste tu mesmo? Salvaste-me sem temer a nada? Com um meio sorriso, tratará de responder a pergunta.

Em seguida, levantei da cadeira, dei dois passos em direção a porta e afirmei: Missão cumprida, meu caro João Carlos! Estou de saída, mas aguardarei a sua resposta. Eis que antes de sair, ainda ouço: resposta? Impossível! Daqui só sairá se te encaminhares para o RH da empresa que fica na sala ao lado, portanto começas hoje mesmo, agora e ponto final.

Do outro lado, estava eu, emocionado, aliviado, 100 kg mais leve, orgulhoso pelo feito, feliz pela recompensa, mas ainda reflexivo por mais alguns segundos.Retrocedi e plasmei um pouco do passado: o que seria deste renomado Diretor se eu não estivesse por perto? Mais alguns segundos e ele fatalmente morreria. E o que teria sido de mim se aqui estivesse sem um passado conflituoso, sem base argumentativa, sem uma grande história para contar?

Ora, somos todos como produtos, com nomes fixados em rótulos, destinos, vida útil ou prazo de caducidade, verdadeiras marcas ambulantes. Saímos por aí a fora, vendendo, propagando nossos ideais, nossas virtudes ou nossas mazelas.

Quando salvei este homem, propaguei um ideal, uma boa ação, nobre ação. Neste caso, também, uma ação de marketing pessoal, fraternal e humanitária.

Os largos meses de angústia e busca incessante por trabalho enfim terminavam. Estou renovado, sou um novo homem, verdadeiro conquistador.

Longa Vida entre mãe e filho

Estóriazinha infame de última hora:

Para as Crianças...

Mãe: Carlinhos, de onde vem o leite?

Filho: Do supermercado, mamãe.

Mãe: Não meu filho, o leite não vem das caixinhas de supermerado, vem da mimosa.

Mãe: A Mimosa, nossa gentil e meiga vizinha, com tetas fartas, ex-operária da indústria de laticínios, que nas horas vagas, costuma fabricar leite.

Mãe: Inclusive, mora aqui ao lado e amamenta três bocas.

Filho: Não! Mamãe, não.

Filho: O que há aqui ao lado é um pasto, a fábrica fechou há 2 anos.

Filho: E o que ela tem de fartura, vem dos silicones. Aquela Vaca!

Mãe: Negativo, Carlinhos.

Filho: Positivo, mamãe.

Mãe: Nossa, que confusão meu filho.

Filho: Não, em absoluto.

Filho: A mimosa é um vacuno: Vacuno de Mimosa.

Mãe: Ué, bem que eu notei um sutaquezinho espanholado nela.

Filho: E nas madrugadas, trabalha pros leiteiros, padeiros e açougueiros.

Mãe: Filhote, será a síndrome da vaca loca?

Agoniado, o filho esboça choro: buáááá.

Solidária, a mãe pergunta: Ohnnn! Quer leite morno meu bezerrinho?

Desesperado, o filho parte em disparada.

Enfim, não quer saber de mais Nata, digo, Nada.

Aos gritos, a mãe chama o filho: MÚÚÚÚÚ.

Em prantos, o filho responde: Bééééé.
Chuvas Anômalas

Em Charlotte, estado americano da Carolina do Norte, segundo o Charlotte Chronicle de 22 de outubro de 1876, choveu, mesmo com céu limpo, durante uma semana. O mistério se deu em uma colina ao leste das fronteiras estaduais, sempre entre o meio dia e o anoitecer. Agora, pasme: isso tudo ocorreu em apenas um trecho de terra entre duas árvores, num raio de 10 metros.

No dia da sua publicação, um observador do Corpo de Bombeiros dos Estados Unidos foi ao local e viu, conforme informou ao Monthly News Review (edição de outubro): "Eu vejo uma leve chuva, intermitente, que desce do céu firmado e limpo em direção a este solo, que mal parece úmido com o acúmulo desta precipitação, em plena luz do dia.

O informe foi publicado em 3 ocasiões e a comunidade local, curiosa pelo dilema, tratou de investigar o intrigante fato presenciado pelo bombeiro.

Parte dos moradores daquela região formaram uma pequena carreata, a fim de promover o esclarescimento do enigma. Quando lá chegaram, meio vintena de populares, alguns deles até armados, presenciaram uma cena aterrorizante. Espantados, todos observaram incrédulos a água empoçada no alto daquela encosta. Muito mais que desvendar um fenômeno, eles presenciaram algo inexplicável. E por incrível que pareça, não havia água de chuva. O que certamente figurava neste novo cenário também era composto por água, mas certamente outro tipo de líquido.

Desta vez, o que havia naquele local eram generosas poças de sangue e junto a elas, esquartejado, o cadáver do bombeiro que outrora tratou de investigar o fato. Junto ao corpo, uma mensagem escrita no solo: A água que cai dos céus, nem sempre é pura, nem sempre é vida.

A Saudade e suas Verdades – Firmando Termos de Solidão

Saudosos somos, saudosos sempre seremos. Daí, a generalização que melhor traduz um sentimento que abrange e ultrapassa os domínios do orbe terrestre. A saudade, na sua essência, é intra-uterina e capaz de perdurar até os nossos últimos minutos de vida.

Querer mais, repetir a dose, degustar, saudar. Tais atributos potencializam e equacionam a fórmula da saudade, provando que a sensibilidade do homem exerce papel fundamental na regência das relações sociais, a cada minuto, em qualquer situação.

Quando certa lacuna, outrora preenchida, dá lugar a um vazio, muitas vezes dramático, temos a nítida sensação da insignificância que a solidão permite. Não é a toa que o sentimento de nostalgia reflete o quanto desejávamos e contemplávamos tal pretérito, nem sempre perfeito.

Quando teorizamos a saudade, pormenorizamos as coisas do coração - não importando os caminhos e as distâncias percorridas - juntas ou separadamente. São tantas emoções, Love Stories, atrações fatais, propostas indecentes, inícios e términos.

As coisas do coração manifestam-se assim: do explícito ao tímido, do objetivo ao cadenciado, por meio do famoso “pelas beiradas”, “A la vonté”, com fugas e saídas à Francesa, com verdades, mentiras, por amor ou por esporte. Falamos de bagagem, falamos de vida sentimental e da saudade que cada momento pode trazer.

Agora, reflitamos: E quando a solidão protagoniza e agoniza nossa vida? E quando tiramos proveito dela? Um tal - “Faz Parte!” - serve de resposta. Mas as explicações nem sempre percorrem caminhos tão cotidianos. Eis um típico exemplo: vamos falar das dolorosas feridas da saudade conjugal, que quando não tratadas ou cicatrizadas, geram a banalização, a desordem emocional, o ferir por ferir, ou, até mesmo, um sentimento vivo de controlar o que não deve ser controlado. Desta última, deflagram-se os machismos, feminismos e outros “ismos” sociais.

Os opostos, que antes se atraíam, com espantosa e enigmática facilidade, agora, buscam um kilométrico e providencial distanciamento, firmando termos de solidão. Também por isso, há quem prefira restringir-se a relacionamentos torrenciais, porém esparsos como as chuvas de verão.

Pelo visto, muitos são os que sofrem com os efeitos deste mau tempo, legítimo vendaval de emoções. Para alguns o preço é a desilusão, para outros um eterno desaprender caracterizado nos manuais práticos dos relacionamentos modernos. Neste caso, é comum migrar para novas moradas, onde o processo de troca sentimental apresente maior vantagem, fazendo das transas, transações financeiras.

Enfim, não há distância que a SAUDADE, esta maiúscula, que nos invade, não percorra. Mesmo à toa, ela caçoa das nossas impossibilidades de autocontrole. Ela vem, vai, mantém-se por períodos indefinidos, afasta-se, aproxima-se, ou, contemplando uma nova tecnologia, encontra-se temporariamente indisponível. Sua trajetória dá-se através de um óbvio mecanismo psíquico, porém de difícil explicação.

Falamos de um sentimento tão individual e tão global, tão antigo e tão novo. Ao mesmo tempo, dolorido e prazeroso. Em meio a tanta complexidade sentimental, atire a primeira pedra quem já não sofreu as contra-indicações deste nobre sentimento. Indiscutivelmente, ele vaga nas nossas lembranças, mas atua em nossa realidade.

sábado, 22 de março de 2008

Cantada, desencantada, desfigurada, nada

Cantada Marketeira de quem investe em donas de bolsas de valores

Com base nos teus objetivos institucionais e no intuito de alavancares um melhor posicionamento junto ao mercado, traçastes algum planejamento estratégico para esta noite? Caso do sim, me forneça um feedback até o fechamento deste pregão, a fim de avaliar o volume das oportunidades, ameaças e tendências da concorrência no segmento do entretenimento noturno.

Evitando, dessa forma, supervalorização ou inversão de papéis entre ativos e passivos, capital entrante ou especulativo em S/A gaúcha.

Discussão Filosófica Sobre o Nada

Protagonistas: Sartre e Simone de Beauvoir.

Sartre: Se o nada era, até às vésperas do nosso primeiro encontro onírico, a soma de todas as mesmiçes foliculosas existentes nas sobras textuais da sua filosofia, porque rasgas meus códigos e meus segredos? Vejo que estás tomada por um fúria existencial e metafísica, insubordinada, pueril. Te autoflagelas com a rapidez de um sumita em fase terminal, gerando constância sobre o ato animal.

Afinal, o que ganhas com o nada?

Vamos, externe algo.

Ou abaixe a guarda e desista destas sonoras farpas que lanças em minha direção. Pois o som que vem das harpas, não abafa minha dó maior.

Havendo manifestações de ordem contrária, terás réplica, seguido de demanda, pois nem que eu durma na varanda, ao relento ou diante de todos os lamentos, não te forneço mais aumento. Seja ele de amor, desamor, rancor ou pavor.

Todas as cargas penicilínicas já foram administradas e você nem obrigada disse. Teus agradecimentos soam como ventos. Irritantes assobios de um outono inclassificável.

Simone: Todo este escárnio não leva a nada. Pois o nada, como pedra fundamental do tudo, é a essência da vida, da água, do seu PH e do Potencial de discussão do Homem com H. Por isso...tudo isso...é Nada. Que esvazia, enche, explode qualquer coisa. Inclusive meu coração, em qualquer lutar, em qualquer lugar, em qualquer verão. Se for tudo em vão, prefiro o nada.

Sim, o NADA, este gigante. Uma ausência quadriplicada em terra de mutantes. Só assim, bem assim...ele me trará o nada de tudo aquilo que já tive, quando nada conhecia, quando nada fodia, quando nada bebia....enfim TUDO.

Sartre:
Vai, evapora como o Nada, moça mal comportada.

Que tal suicídio?

Ora...suma daqui.

Simone: Nada, nada disso potro fraturado.

Suicídio é apodrecer diante do nada...que não leva a nada. Pois agora é TUDO ou NADA, tudo aquilo que me faz feliz, nada daquilo que eu sempre quis.

Adeus Infeliz.

FUNERÁRIA PAU DE ARARA

Mais um dia de trabalho na mais louca funerária deste mundo.


O telefone toca: ...,...,...!

Agente Funerário: Funerária Pau de Arara, boa noite.

Mulher: Pau de Arara?

Agente Funerário: Sim, como posso enterrá-la?

Agente Funerário: Perdão. Como posso ajudá-la?

Mulher: Mas o que é isso?

Mulher: Que horror!

Agente Funerário: Ora, uma funerária. E sem odor.

Mulher: Mas com este sarcasmo?

Agente Funerário: Claro, é para melhor sofrê-la.

Agente Funerário: Digo, para melhor atendê-la.

Em tom de espanto, ela exclama: Meu Deus do céu.

Agente Funerário: Se vai pro céu é mais caro.

Pasma, a mulher pergunta: Que?

Agente Funerário: Mas tem promoção.

Mulher: Como é que é?

Agente Funerário: Simples, pacote completo: a senhora indica o morto e nós oferecemos o melhor repouso.

Agente Funerário: Pro presunto descansar em paz, né?!

Aterrorizada, ela prega: Mas isso é o fim do mundo.

Agente Funerário: Fim do mundo tá barato: viagem só de ida, sem volta.

Mulher: Sabe de uma coisa, isso que o senhor está fazendo não tem perdão, vô desligar.

Agente Funerário: Isso mesmo, sempre há tempo para o perdão.

Agente Funerário: Mas espere, não desligue.

Agente Funerário: Continue respirando. Digo, escutando.

Revoltada, ela diz: Blasfêmico!

Agente Funerário: Vou repassar seu coração, opa sua ligação para um dos nossos coveiros. E sem arsênico.

Quase incorporando, explode: Mas que demônios são esses?

Agente Funerário: Ahnn! Isso é mau sinal.

Agente Funerário: Vem cá, são de que cor?

Já em pânico, ela suplica: Nossa, socoooorro!

Agente Funerário: Senhora, ele está aí por perto?

Mulher: Ele quem, ora.

Agente Funerário: Vamos negociar uma morte justa, digo um preço justo para a senhora.

Cansada, a mulher pergunta: Mas que loucura é essa? Tu é loco?

Agente Funerário: Não. E a senhora?

Agente Funerário: Porque se for, o manicômio é aqui do lado.

Agente Funerário: Volta e meia, enterrados um que outro e aproveitamos os parafusos frouxos.

Mulher: Parafusos?

Agente Funerário: Isso. A gente usa nos caixões, tudo mortinho, opa fechadinho.

Agente Funerário: E aí, negócio fechado? Digo, caixão aberto.

A mulher, apavorada, esbraveja: Nem morta!

O fone é desligado: TUN, TUN TUN...

O atendente, indignado, reclama:
Nossa! De cliente assim quero distância, fede mais que defunto.

Disparos Mortíferos sem a Intenção de Ferir

Chamo-me Dorian, tenho 60 anos, mas posso assegurar que se trata de um equívoco notarial. Em virtude dos erros alheios, fui obrigado a conviver com uma inexatidão cronológica que, definitivamente, não me corresponde. Afinal, minha vaidade não permitiria tal absurda e avançada idade. Saibam que, ainda, espero ser ressarcido pelas autoridades competentes.

Domingo, 30 de Abril de 6002 da era imaginária.

Badalam os pêndulos tardios. Já se passavam das 22h00min e, aos prantos, recusei os meus últimos encargos sociais para me despir pela trigésima quarta vez em menos de 24horas. O nervosismo e a inquietude são os meus desagradáveis vizinhos a partir de agora.

Desordenadamente, insisto no penteado e na esquadria, quase milimétrica, do meu traje monocromático. Preocupo-me, também, com os sapatos, pois o trajar bem é vital para seduzir sem ferir.

Na busca por uma exatidão geométrica, toco e retoco o meu barbear enfraquecido pela acidez das lâminas que, diariamente, entalham a minha epiderme. Minha aparência final e as minhas intenções geram repúdio quando confrontados com os lúcidos ideais conservadores.

Necessito de uma opinião, algo favorável e capaz de diminuir esta desagradável sensação de insegurança. Penso nele, naquele experiente que já refletiu, com brilhantismo, meus tempos de virtuosismo.

O velho espelho embaçado escondido atrás do armário me dá as boas vindas quando confessa através de um sonoro estalar, que estou esteticamente agradável aos olhos alheios. Decido acreditar na obviedade necessária que a experiência pode traduzir.

Agora, 66,6 por cento menos inseguro, procuro as chaves do flat.

23h33min, desço as escadas rumo às calçadas estratégicas do meu prazer e procuro, neste reduto, o ângulo mais favorável para iniciar os preparativos de montagem bélica - - - - - - ++++++ - - - - - -.

Privilegiadamente bem acomodado, abro as portas do meu coração para novas vítimas. Aos poucos, através do intercalar de olhares, do aproximar sentimental e do ajuste dos mecanismos de precisão, vou aprimorando as minhas verdades e deixando a insegurança de lado.

Observo, com paciência, o deslizar dos ponteiros que garantem a sustentabilidade do agora e do depois. Por fim, dou fim às agruras ao perceber que o luar responsabiliza-se pela iluminação das vielas e becos ladrilhados.

Tudo pode parecer, quando tudo pode padecer, mesmo sem querer é melhor ver para crer.

Latrina mal lavada, &nojante dilúvio matinaL.
Latina safada, alma velada por bem ou por maL.
Do resto, sigo iguaL... Avesso as questões do capitaL.
Parafraseando um débil mentaL... Aqui, en La DiagonaL.

Sinto-me entorpecido pelas fragrâncias que rondam meu habitat e plenamente capaz para atuar. A próxima vítima aproxima-se com o devido respeito, disciplina e ordem. Sutilmente, insinua e cativa com prazerosas gingas labiais, fazendo com que o cortejo, antes desacreditado, ganhe novas proporções quando os olhares se cruzam nas temíveis diagonais da paixão.

Com rara habilidade, ela dispara três vezes em minha direção. Trato de me defender e rebater o mortífero charme. Na rebatida, ressalto as minhas intenções mais secretas, mas, com um rápido golpe de vista, ela se esquiva do primeiro e do segundo projétil, porém recebe os inevitáveis efeitos químicos provenientes do terceiro e último disparo.

São as cargas que matam os sentimentos, mas não ferem a carne.

A ferida desaba aos meus pés, e, com suplícios de uma felina, lança em minha direção as suas mais sinceras juras de amor.

00h00min, sinto-me mais jovem, poderoso e digno de uma esplendorosa beleza. Eis o momento oportuno para a consagração do flerte. Ela se rende, está rendida, e, em meio a sua fraqueza, diz que sou seu grande AMOR.

O narcisismo, outrora tão habitual, murcha perante a tal declaração.
Ela, maestria dos meus desejos, diz que me AMA.

Verdadeiramente, o AMOR me escolheu.

Dúvidas, ainda, poderiam pairar, mas o que dizer deste sentimentalismo que tanto nos enruste. Sugiro, então, um belo, sonoro e sentimental revide: TAMBÉM TE AMO.

Outro desfecho? Noites Formosas .˙. Mulheres Habilidosas.

A escola que decepa TALENTOS é a mesma que enaltece os plagistas e apaga luzes

Desde a minha época de estudante, sempre me intrigou o fato de que os melhores alunos terminam não repetindo o sucesso escolar vida afora e, ao mesmo tempo, que as pessoas de grande êxito em suas atividades foram, freqüentemente, maus alunos, ou ao menos nada brilhantes. Esqueça o inverso, ele não faz parte desta história.

Nessa mesma época, de estudante secundário, comecei a sentir um profundo incômodo com a vida estudantil. Quando criança, tinha muito prazer em ir ao colégio, em aprender coisas novas, resolver mistérios e de estabelecer alguns monólogos, nada convencionais para uma realidade infanto-juvenil.

Sempre considerei a educação como o mecanismo de inserção mais poderoso que há: com ela, penetramos no mundo e nos sentimos participantes da nossa realidade. Enfim, ganhamos asas e a grande parede de ignorância que nos barra da compreensão do universo vai, aos poucos, sendo rachada. Mas, em certo momento, lá pelo fim do primeiro grau, o encantamento se desfez. Não sei ao certo se perdi a ingenuidade, ou se foi a escola que mudou, mas tudo ficou esquemático, mecânico, plagiado e por que não dizer, com ares comerciais.

O lúdico, tão tolo, mas essencial sai de cena para dar lugar ao cênico, quase cínico ato de ensinar. Ora, elevar nossas potências intelectuais em prol de carreiras brilhantes nunca foi tão perseguido, ou seja, que vença o fulano (a) das melhores notas, pois este ganhará o mundo. Em contrapartida, a relação com o professor, que antes era de companheirismo e admiração nessa viagem de descobrimento, virou burocrática e antagônica.

Pairava no ar o reconhecimento mútuo de que estávamos em um teatro, onde mestres e pupilos eram coadjuvantes e o papel principal ficava a cargo da mediocridade. Ela ditava o que era precisa fazer: o professor fingia estar ensinando e se interessando sobre a inteligência de seus alunos, e o aluno fingia estar aprendendo e absorvendo conhecimentos que lhe seriam úteis.

Afinal, onde está a essência do ensinar? E os Laboratórios da Criatividade? Quem sabe por onde anda a poderosa lâmina que permeia na polêmica, capaz de esquartejar qualquer estatuto de métricas em prol de um novo pensar, de uma nova vida?

No fundo, no fundo, todos sabiam que boa parte do que se ensinava ali era pouco útil e desinteressante, mas, enfim, caía no vestibular. Exigências X exigidos, um jogo de cartas marcadas, desproporcional, banal.

Nós, Recrutas nota Zero, assim como no seriado, tínhamos que trajar a farda desbotada do conformismo, que impedia o avanço do Lirismo, de ir além, de romper paradigmas e de atear fogo nas velhas cartilhas intelectuais.

Assim, passei, como todos os meus colegas, anos e anos regurgitando o que diziam as bibliografias que os professores nos indicavam. Líamos grandes livros, falávamos sobre grandes personagens históricos, mas o que ficavam eram as perguntas sobre o enredo, pedidos de descrição, eventos e causas.

Nenhuma maior reflexão, nenhum desejo de ir além do texto, enfim - de imaginar e ultrapassar as fronteiras do pensamento. Qualquer esforço em dizer algo diferente ou de pensar o proibido era, e continua sendo, punida com sangrentos canetaços e notas baixas ou, em casos mais severos, conversinhas com orientadores pedagógicos e coordenadores educacionais, nomes infames para cargos que se resumem aos de carcerários do presídio dos talentos incompreendidos.

A minha verdade é que o sistema educacional transformou-se numa máquina produtora de mediocridade e resignação, que vai, aos poucos, filtrando os inconformistas e deixando-os de lado, rotulando-os como “problemáticos”.

Matando o espírito questionador, já que qualquer pergunta desafiadora, quando vem, independentemente de quem venha e de como é expressa, é vista como um desafio à autoridade. Por isso é que os bons alunos, não raro, têm a vida escolar apagada, e os maus alunos se saem bem, digo, fora das paredes da escola. Sendo assim, antes de taxar sucessos e insucessos, devemos ter em mente que para haver êxito em nossas vidas, devemos consumir, dia após dia, doses vitamínicas de espírito crítico, imaginação, de fazer diferente, de aceitar desafios e de, nunca, nunca mesmo, olhar apenas para frente, pois o futuro é composto por todas as coisas, inclusive, as desconhecidas.

Tristemente, tem-se a impressão de que os colégios viraram exatamente aquilo que foram criados para combater: templos de gratificação da mediocridade e da mesquinharia - fortalezas que massacram aquilo que há de espontâneo nos jovens, e os “preparam para a vida”, dando-lhes garantia de sobrevivência que é, ao mesmo tempo, a garantia de uma vida sem saltos, voltas, dúvidas, dívidas, explosões, entusiasmos, descobertas, angústias e fascínios. Tudo, enfim, que faz com que a vida valha à pena.

Antes que o tradicional espírito de porco pergunte se me imagino gênio incompreendido, confesso que passei minha temporada escolar perseguindo notas altas e me empenhando em ser o melhor da classe, mesmo sabendo a falência moral que isso significava. Ahn, e que já tive minhas asas decepadas pela escola que, em algum dia, já me chamou de filho. O que me entristece e causa certa vergonha.

A escola que decepa talentos e que enaltece os plagistas tratou de apagar a minha luz. Durante um bom tempo, mesmo brilhante, estive às escuras, ouvindo rumores e chorando rancores. A instituição, tão necessária, madrasta formosa, fez parte de minha vida, olhou-me vez que outra, e, assim como os amores não correspondidos, tratei de esquecer.

Hoje, acadêmico, forço velhas lembranças, escravas do bem e do mal. Enfim, tenho, nas esperanças, as chaves para uma fuga paranormal, dos casos que tento avalancar quando sofro por pensar.

Do resto, nada a declarar, aqui, hoje ou na Era Vulgar.

terça-feira, 18 de março de 2008

As almas da propaganda são os NEGÓCIO$? Ilícitos ou não, é preciso saber um pouco mais sobre eles

Uma breve análise do criar moderno

Descobrir, criar e recriar - Descobrimos, criamos e recriamos.

Já se foi o dia que para prosperar na criação deveríamos suspirar, dar três pulinhos, recorrer aos terços das nossas avós e adentrar no tudo pode quando tudo pede. “Vamos com fé irmãos, correndo na dianteira de mãos dadas, pois assim chegaremos lá”, já dizia o aproveitador barato. Aproveitador? Aproveitadores? Falaremos destes virtuosos coadjuvantes mais adiante.

Pode até parecer clichê, mas criar, desenvolver e propagar conceitos criativos é a ordem do dia em se tratando de Publicidade. Como faremos? Não há resposta mais simples e direta do que trabalhando com dinamismo e honestidade. Sabemos criar, desenvolver, propagar conceitos, torná-los emocionante o suficiente para serem indispensáveis, executamos com maestria as tarefas que nos são propostas e não abdicamos da luta matinal e nem da noturna.

O diurno e o noturno, numa habitual mescla, se mimetizam quando tratamos da obrigatoriedade do processo criativo. Definitivamente, não há hora fixada ou pré-fixada, extra ou muito menos marcada para criar. Qualquer hora é hora para dar vida a uma idéia.

A questão da má condução do ócio pode ser encarada como comprometedora?

Através do ócio, pensamos "mas allá". Revisitando as nossas saudades, decodificamos e traduzimos novidades. Novo e novidade atrai as maiorias e as minorias. Por meio desses exercícios mentais, podemos atrair e sermos atraídos rumo a uma nova realidade, que pode gerar benefício ou prejuízo. Deste segundo, típico desprazer, já estamos fartos. Através destes "prejús", os mentores do MAL, perfeitos dramaturgos, edificam suas fortalezas. A vida é assim! Benefícios e prejuízos. Enfim, a vida é assim mesma, bendita e maldita frasezinha.

Pergunte a qualquer um: quem já não foi, se sente ou se sentiu, lesado por algo ou por alguém? Contestar com um sim, pois é - amarelado, é típico. Muito ouvimos falar das ações de inescrupulosas máfias e bandas podres, comenta-se também das barbáries cometidas e das relações sociais extremamente pactuadas existentes nesses meios, sem falar da impunidade histórica que toma conta desse nicho e do ramificado sistema de atuação que torna tudo isso possível.

Os protagonistas que atuam nesse SUB-MUNDO dedicam horas do seu precioso dia ao maquiavelismo no pensar. Acredite ou não, isso só é possível com a ajuda do nosso velho amigo ócio. Por isso, a má condução desse ócio, pode, realmente, comprometer, diretamente ou indiretamente, algo ou alguém, hoje, amanhã e sempre.

Existem três célebres frases que retratam esse contexto: "Para tudo há um preço", "tudo na vida tem seu preço" e “para toda ação existe uma reação. Essa última, saída dos livros de física, nos remete a uma idéia de: se você errou pagou, se você erra paga, quando você errar... pagará. Nada fica impune nesta vida, nem mesmo um despretensioso ou maldoso pensar, pois cedo ou tarde, a reação faz jus à ação”. Na área da Comunicação, por exemplo, comparativelmente, ocorre o mesmo.

Imagine a repercussão negativa de uma falsa e alarmante manchete em capa de jornal diário. Tente entender a dimensão e abrangência da mesma, quando lida pelo seu público. Agora, como leitor desse texto, pense nas conseqüências diretas que haveriam de ter o anúncio do falecimento, através de brutal assassinato, do presidente da República de sua nação? Em primeira, segunda e terceira instância, seria algo catastrófico. Muitos acreditariam na explosiva manchete, outros, pouquíssimos, tentariam colher mais informações, e, mesmo abalados pelo invariável impacto, se negariam a absorver tal e absurda verdade.

A ponta do Iceberg

Verdades. Que verdades? Mentira. Que mentira? Afinal, o que é verdade e o que é mentira? Atualmente, é a pergunta que não quer calar.Extremamente persuasivos, os mentirosos, seres que mentem e enganam, possuem longas e velozes pernas e somente são pegos quando o PODER DO BEM se torna ferramenta principal no ato de captura. Eles estão em todos os cantos do orbe terrestre. Também publicitários, são bípedes, nada acéfalos, de todos os sexos, há quem diga que são de todas as idades, se alimentam desde simples propinas, até dos gordurosos enriquecimentos ilícitos e seu tempo estimado de vida é muito variável. Por serem muito ardilosos, são hábeis nas escapadas e experts na arte do disfarce. Nos momentos de detenção, invariavelmente, se tornam mansos, frágeis porcelanas incapazes de alguma crueldade. Diante das detenções, acariações e julgamentos, estes meninos peraltas, quando indagados, contestam da forma mais banal e evasiva possível. Acabam confundindo enredos, fatos e personagens, criando um fantasioso roteiro particular. Assim que, onde tudo é verdade, nada é verdade. Onde tudo é mentira, nada é mentira.

Que brutalidade, não é mesmo?

Analisem este caso: Marcos Valério Fernandes de Souza, casado, pai e chefe de família, publicitário, sócio de duas agências de publicidade, homem fidedigno e leal amigo do Sr.Roberto Jefferson. Até então, pelo que se lê, há uma definição normal, cotidiana e até simpática deste senhor. Neste caso, digamos que se trata da mais pura verdade, todavia ainda há muito por descobrir quando o assunto chama-se Marcos Valério e os seus expansivos dutos. Acreditem ou não, este nobre cidadão, foi um dos responsáveis diretos por uma crise sócio-política nunca antes deflagrada, e a cada dia é possível desvendar um pouco mais das falácias governamentais e dos múltiplos conluios ilícitos que se criaram por intermédio desta pessoa.

Inocente ou culpado? Inocentes ou culpados? Liberdade, regime semi-aberto ou fechado, sentença fiançável ou inafiançável? A resposta é muito simples: Nenhuma das anteriores, pois o desfecho é gastronômico e o prato do dia é PTZZA BOLONHESA.

A Publicidade está manchada?

Que feriu, feriu. Doloridos foram os sangramentos mal estancados. Enfim, manchou. Manchas vermelhas petistas pintaram os abarrotados dutos Valerianos e respingaram na publicidade. Os desconfiômetros, agora, e não como antes, estão sempre ligados e bem ajustados para evidenciar algo fraudulento.

Pobre menino rico! Estirposo Dandi! Da riqueza ilícita, tumores incuráveis. Das excessivas alturas, vertigem e náuseas. Da queda, o dano irreparável. Do vazio atual pura dramaticidade e tristeza. Nada mudou no dna da DNA, que faz dos corpos estendidos no chão, sua mais nova tapeçaria persa. As vítimas, somos todos nós. Pessoas comuns e filhas de Deus, que buscam para si, dias melhores ou piores.

O meio publicitário foi barbaramente ferido. Dentro dele, existem inúmeros seres sensíveis e virtuosos homens de bem, capazes de converter a ociosidade do processo criativo em lúcidas e lícitas idéias. Nesse caso, adapto uma outra célebre frase... "Os justos pagam pelos injustos".

Em virtude dos aspectos mencionados, e na tentativa de ceifar este inço - declaro facilmente que a publicidade foi apenas um dos meios utilizados por esta corja VALERIANA E AS SUAS RESPECTIVAS MORTALHAS VIRAIS, pois o lento e contínuo badalar anuncia outros interrogativos desfechos a serem decifrados.

Necessita-se de AJUDA! Quando e como, é uma pertinente pergunta. Incrivelmente, a AJUDA, quando vem, independentemente de quem venha e como venha, vem mal. Por isso, aclamo: Calibremos os nossos desconfiômetros, eis à hora, o momento senhoras e senhores: PREPARAR, APONTAR... FOGO ! ! !

Após os disparos e a confirmação das mortes, por favor, estanquemos as lamúrias e crises, tratemos logo de sepultar esta corruptela.

Queridos leitores, que tal um desfecho gastronômico?

As repercussões do caso Valeriano ultrapassam fronteiras, causam fortes dores estomacais e não paga impostos...

Enquanto isso, em Barcelona:
Mientras tanto, en Barcelona:

Sabes que, no me da la gana de deletrear nada más por hoy, pues estoy hambriento y por lo tanto, busco una solución gastronomica que me quite este vacio dramático de mis tripas. Aver, aver, aver. ¿Que hay para cenar avuela?

Mira hijo mio, no tenemos nada hecho para la cena, pero hay algo que se quedó de ayer noche.

¿A sí? Bueno yaya, pues digame lo que tiene que empezaremos pronto.

Bueno, bueno, bueno! Solo hay PIZZA mi amor, pero esta crujiente y rica. Y mira, tiene buena pinta. Incluso, viene con dibujitos de la marca.

¿El que, dibujitos? Mira, no me parece raro, pues ya he oydo hablar de un PARTIDO POLÍTICO de Brasil que le gusta las trampas y la midia publicitaria. El mismo, tiene muchas fabriquetas de PTZZAS. Las mismas, son muy sabrosas, pero hay muchas otras, incluso las picantes.

No me gusta mucho las picantes. ¿Y el tema de los dibujos yaya?

Son dibujitos con letras gordas en el centro del paquete.

¿Y de que hablan abuela? Vamos, que ya me pones curioso, joder.

Hunn... Aquí dice: *PIZZA PT, LA MEJOR Y MÁS PICANTE PTZZA DE BRASIL, SIL, SIL*.

Bueno, dame una porción que me la como ahora mismo y aver lo que pasa.

<...PAUSA PARA LA CENA...>

¿Y que? Te gustó hijo mio?

Hombre, no esta mal. Demasiada picante, pero bueno... no se.

***UNA HORA DESPUES DE LA CENA***

¡Oyeee, chicooo! ¿Que te passa mi amor?

Hace más de media hora que no me sales del bater, hijo mio.
¿Fue de la PTZZA? Te llamaré el Doctor, pues ya me pongo nerviosa.

Me duele las tripas, jodeeeer. Sí, llamalo, pero ante todo, no te olvides de traer la Policía Nacional para detener toda la gente deste MALDITO PARTIDO POLÍTICO.

domingo, 9 de março de 2008

Romantismo

Muito mais que um movimento artístico e filosófico, o romantismo é um estado de espírito, de emoção à flor da pele e de um multiplicar de sensações capazes de transformar o mundo.

Romantismo combina com livro, que combina com criatividade, que combina com saudade, que tem, na verdade, a inspiração para todos os Lirismos apaixonados.

No universo do tema Romantismo, a paixão toma conta dos nossos corações, transforma hábitos e promove dias intermináveis.

Em meio a tanta emoção, entusiasmo e inventividade, surge o interesse por uma das mais antigas formas de paixão: a literatura.

Com ela, ultrapassamos as fronteiras do pensamento, ganhamos novos nomes, formas e valores. Ontem leitores, hoje redatores, e amanhã mestres em enredos, destinos e desfechos.

Deixamos de ser meros coadjuvantes para virarmos interlocutores com poder de decisão, uma fantástica aventura em prol da emoção, modificando semblantes e espíritos, fabricando paixões.

Cada leitor, uma sentença, cada sentença, uma certeza: o Romantismo está no ar.

Entre beijos e leituras, aqui na Feira não poderia ser diferente.

Os sorrisos são geométricos, os suspiros adocicados e os corações ruflam como tambores, traduzindo a nobreza e a sensibilidade de cada gesto, em cada página.

Apaixone-se por um livro! Essa é a nossa dica de leitura.

A Feira é do livro, de todos os livros.

Apaixone-se por um, ou por todos. Mas não se esqueça, nosso maior Best Seller é você, leitor apaixonado.

60º Feira do Livro de Porto Alegre
Entre Beijos e Leituras
Apaixone-se por um Livro

Acesse: www.feiradolivro-poa.com.br e deixe sua mensagem romântica.

As 10 melhores frases dedicadas a Feira receberão prêmios.

Informações e regulamento no site.

Participe e Apaixone-se por essa idéia.

Resenha Crítica

Escola Superior de Propaganda & Marketing

Linguagem III
Turma: CSONIIIA
Docente: Eveli Seganfredo
Discente: Marcelo Petter de Vargas

Resenha Crítica do Artigo Acadêmico
Che Guevara: o consumo do mito, Capitalismo, sociedade de consumo e cultura de mídia

Luciana Matos (jan/jun 2007) sob orientação da Professora Adriana Kurtz

Che Guevara: a Mídia e o consumo do Mito
A amplitude do pacto capitalista em nossa cultura


Sumário

1. Introdução
2. Descrição
3. Objetivo
4. Corpo textual
5. Apreciação
6. Considerações
7. Referências bibliográficas

Introdução

A resenha a seguir provém do artigo publicado na revistada Think - Caderno de Artigos e Casos da ESPM-RS pela Bacharela em Comunicação Social, com Habilitação em Publicidade e Propaganda, Luciana Matos, que teve em sua coordenação e apoio técnico a presença da Professora dos Cursos de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda & Design da ESPM-RS; Doutora em “Comunicação e Informação” pela UFRGS, Adriana Schryver Kurtz. Nesta dissertação, inicialmente, de forma pontual e crítica, a autora pondera sobre o personagem histórico Ernesto Che Guevara, sua trajetória como ícone social que participou, ativamente, dos movimentos revolucionários comunistas das décadas de 50 e 60, erguendo as bandeiras do Marxismo e Leninismo e tornando-se referência internacional no debate franco entre as contraculturas daquela época. Ainda, nos tópicos estruturais, tenta mostrar como a sociedade moderna cultiva os mitos de forma desenfreada, capitalista e por que não dizer, “non sense”. Para tanto, se apropria da imagem de Che para justificar os recortes de uma coletividade adepta ao consumismo banal de seus próprios organismos culturais.

Descrição

Ancorada pelo tripé; Capitalismo, sociedade de consumo e cultura da mídia, a autora preocupa-se em refazer a imagem paradigmática de um homem que tremulava, onde estivesse às flâmulas de um ideal revolucionário. Tal raciocínio tenta mostrar e contra posicionar estes aspectos com a realidade capitalista em que vivemos. Ou seja, a sociedade que vive cada vez menos sob o manto das crenças, se apóia nos pilares ideológicos de sobrevivência e busca impulsionar-se através dos meios de comunicação de massa é o mesmo conglomerado humano capaz de cultuar um ícone, bem como descartá-lo quando lhe for conveniente. Numa etapa secundária, a autora afirma por meio de outras citações que este arquétipo social que passou a consumir com olhos voltados ao desejo de consumo, é o mesmo com que Che costumava perseguir em seus inflamados discursos contra os meios capitalistas de produção e consumo.

Objetivo

A partir dos questionamentos propostos, este trabalho tem por objetivo analisar em que proporção os mecanismos midiáticos, assim como a publicidade, se apropriam da imagem de Che Guevara e quais suas funções no sistema Capitalista. Para tanto, foram individualizados os seguintes aspectos relativos à vida deste ícone: biografia, revisão e análise dos contextos políticos de sua época, até seu falecimento - além de estabelecer as relações entre os conceitos desenvolvidos, tais como Capitalismo, cultura de mídia & sociedade de consumo, exemplificando, de forma pertinente, como se dá o uso da imagem de Che pela publicidade, classificando os produtos culturais e a imagem criada em torno do mito.

Corpo Textual

Um guerrilheiro, um ícone - uma vítima do Capitalismo

Conforme Castañeda (1997 / 2006), em seu livro Che Guevara - A Vida em Vermelho; “Ernesto Che Guevara, desde a vitória da Revolução Cubana, vem ganhando versões das mais variadas. Ele pode ser a encarnação do guerrilheiro idealista e incansável, um simples fanático da violência, voluntário e autoritário, ou um ídolo popular, cuja face foi e vem sendo reproduzida à exaustão em camisetas, pôsteres, entre outras manufaturas”. E, com base na apropriação da imagem deste ícone num mundo abarrotado de itens comercializados de forma supérfula, traço um paralelo envolvendo o personagem discutido x o impacto do sistema Capitalista e a forma pactuada com que este rege direta ou indiretamente as nossas ações e ambições, tanto pessoais como comerciais. Mas antes, adentraremos um pouco mais na trajetória deste argentino, natural de Rosário do Sul.

Che, assim como muitas crianças pobres, filhas de uma Argentina vinda de várias crises populares e mesmo perseguido por um processo asmático perpétuo, conseguiu lograr certo êxito quando se transladou para a capital federal. Aos 17 anos, pensando em profissionalizar-se, decide estudar Medicina em Buenos Aires. Neste meio período, conheceu Alberto Granado, amigo e companheiro na viagem de moto pelo continente Latino Americano. Nesta aventura, Che e Alberto, desvendam a fundo às localidades visitadas, tratando de conhecê-las além dos seus habitantes. Ou seja, suas condições de vida, história e a geografia de países como Peru, Bolívia, Guatemala e México.

O olhar crítico de Ernesto, aliado a vontade intermitente de lutar contra a opressão do massacrante sistema Capitalista frente à desqualificação intelectual das zonas periféricas latinas, fez com que absorvesse o criticismo destas sociedades assoladas pela pobreza. Deste entendimento, criaram-se as bases que servem de sustento, até hoje, a doutrina Socialista existente em Cuba.

Foi em Cuba que este protagonista foi apresentado a Fidel Castro, formador de opinião e homem forte de um movimento de guerrilha que, tempos depois, tomou a ilha em seu poder. De lá para cá, impôs as regras fidelistas sob a égide do Socialismo.

Che Guevara, no alto de sua entrega ao regime Socialista, esteve presente no fronte militar, apoiando a luta armada e pondo a disposição seus conhecimentos médicos. Esta abnegação, fez dele muito mais do que um soldado ou companheiro, fez dele um ícone da esquerda e um subproduto da moderna sociedade Capitalista.

Segundo as palavras da especialista na iconografia de Che, Trisha Ziff, Guevara virou uma marca. E o logotipo da marca é essa imagem, que representa mudança. “Ele se tornou o ícone do pensamento independente, seja no nível que for: anti-guerra, pró-verde ou antiglobalização”. Ora, a apreciação da autora é marcante, corroborando com o panorama central do texto e justificando as contra culturas, com coerência, precisão e visão mercadológica atualizada.

Apreciação

É inegável que Che, como ícone, foi e ainda é, um personagem marcante e consagrado que transita, ora no ideal marxista e revolucionário, ora no imaginário dos contrários que, na maioria das vezes, postulam a detenção dos meios de produção. Esta constante utilização da imagem de Che Guevara como ícone está prestes a sofrer um forte processo de desgaste, pois esta retratação, dia após dia, está banalizando e desgastando a figura que outrora foi apenas um símbolo da bravura e entrega de um revolucionário. Numa hipótese central, afirmamos que toda esta esfera ideológica se dá por meio de uma relação pactuada entre os que simpatizam com o sistema Capitalista e os que não, pois o objetivo do mercado é transformar um personagem forte, seja ele qualquer, em cifras. Em outras palavras, forçando uma apreciação pelo símbolo e não pelo conteúdo. Desta forma, concordamos com os pareceres expostos no artigo resenhado, a fim de propor uma nova óptica sobre uma velha imagem.

Considerações

Em virtude das relevâncias abordadas, é proveitoso concluir que há uma tendência natural da comercialização de qualquer ícone, seja ele meteórico ou difundido. Sabe-se, também, que o tempo de maturação e de consagração nem sempre é ditado pelo mercado, concluindo que de nada adiantaria todo o esforço mercadológico se não houvesse uma bela história por trás.

Referências Bibliográficas

Foram citadas e defendidas as seguintes referências bibliográficas, ambas em consonância com o posicionamento deste trabalho:

Castañeda, (1997 / 2006) em seu livro Che Guevara - A Vida em Vermelho ISBN: 8535907831 (1997 / 2006); Editora: CIA DAS LETRAS - 696 páginas.

“Ernesto Che Guevara, desde a vitória da Revolução Cubana, vem ganhando versões das mais variadas. Ele pode ser a encarnação do guerrilheiro idealista e incansável, um simples fanático da violência, voluntário e autoritário, ou um ídolo popular, cuja face foi e vem sendo reproduzida à exaustão em camisetas, pôsteres, entre outras manufaturas”.

Ziff Trisha - Curadora de uma exibição itinerante sobre a iconografia de Che.

"Che Guevara virou uma marca. E o logotipo da marca é essa imagem, que representa mudança. Ela se tornou o ícone do pensamento independente, seja no nível que for - anti-guerra, pró-verde ou antiglobalização".
http://noticias.uol.com.br/bbc/reporter/2007/10/07/ult4909u858.jhtm
Acessado em 18 de outubro de 2007.