terça-feira, 2 de setembro de 2008

Kim Min

A liberdade é uma criança coreana equilibrando-se na Muralha da China.

Ela brinca, corre solta.

Solta pipas, prende a respiração.

Pede licença, passagem.

Tropeça, cai, levanta.

Ergue e forma levantes.

Mas assina termos comprometedores para disfarçar os traços orientais.

Impossível passar despercebida com tal hálito, triste hábito.

Pouco importa o veneno que carrega ou a ideologia que impõe, basta espremer o antídoto.

Liberdade: Kim Mindera tê-la.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

UMA ESPANHA DE MUITAS ESPANHAS:

A INTERMINÁVEL CHAMA INDEPENDENTISTA NO EXISTENCIAL DO POVO ESPANHOL



As imagens acima falam por si. Ou melhor, esbravejam.

A incandescência do reclame, que propaga muito mais que um simples posicionamento étnico, nada mais é que o fruto do eterno sentimento patriarcal desvelado a cada debate.

Dados estatísticos comprovam: 5 em cada 10 espanhóis ignoram aspectos fundamentais da cultura de seu país, porém são objetivos e precisos quanto as questões que tratam da complexidade etimológica das 17 comunidades autônomas espanholas.

Para quem desconhece o termo, uma comunidade autônoma é uma região dotada de organismos governamentais próprios, bem como estatutos e instituições representativas. Assim como cultura fortemente apoiada sob o tripé: idioma, raça e história.

Felizmente ou infelizmente, as autonomias foram a solução encontrada na chamada época pós-franquista para um problema secular do país: as intermináveis reivindicações democráticas por vistos nacionalistas e as relações bilaterais de poder entre estado e sociedade civil.

Mas afinal, de que pátria falamos? Que Espanha é essa que ensaia ares separatistas sem ao menos saber como, onde e o porquê daquilo tudo? Pior ainda, sem saber das consequências que este ânimo independentista e esta segmentação podem trazer ao país.

Pelo visto, já virou moda, uma espécie de estilo de vida passado de pai para filho.

Intrigado com tamanha polêmica, certa vez, perguntei a um jovem catalão, sobre o significado da palavra medo.

A primeira resposta veio através de um silencioso, atento e demorado olhar. Em seguida, complementou: "Meu maior medo é ter a sensação de caminhar pelas ruas da minha cidade e perceber que poucos são como eu, catalães de sangue. Isso me causa profunda insegurança, isso me causa medo".

Xenofobia, racismo, medo, globalização ou todas as anteriores?

Pouca importa a ordem dos fatores ou a conseqüência dos fatos.
Enfim, a porta já foi aberta.