A INTERMINÁVEL CHAMA INDEPENDENTISTA NO EXISTENCIAL DO POVO ESPANHOL
As imagens acima falam por si. Ou melhor, esbravejam.
A incandescência do reclame, que propaga muito mais que um simples posicionamento étnico, nada mais é que o fruto do eterno sentimento patriarcal desvelado a cada debate.
Dados estatísticos comprovam: 5 em cada 10 espanhóis ignoram aspectos fundamentais da cultura de seu país, porém são objetivos e precisos quanto as questões que tratam da complexidade etimológica das 17 comunidades autônomas espanholas.
Para quem desconhece o termo, uma comunidade autônoma é uma região dotada de organismos governamentais próprios, bem como estatutos e instituições representativas. Assim como cultura fortemente apoiada sob o tripé: idioma, raça e história.
Felizmente ou infelizmente, as autonomias foram a solução encontrada na chamada época pós-franquista para um problema secular do país: as intermináveis reivindicações democráticas por vistos nacionalistas e as relações bilaterais de poder entre estado e sociedade civil.
Mas afinal, de que pátria falamos? Que Espanha é essa que ensaia ares separatistas sem ao menos saber como, onde e o porquê daquilo tudo? Pior ainda, sem saber das consequências que este ânimo independentista e esta segmentação podem trazer ao país.
Pelo visto, já virou moda, uma espécie de estilo de vida passado de pai para filho.
Intrigado com tamanha polêmica, certa vez, perguntei a um jovem catalão, sobre o significado da palavra medo.
A primeira resposta veio através de um silencioso, atento e demorado olhar. Em seguida, complementou: "Meu maior medo é ter a sensação de caminhar pelas ruas da minha cidade e perceber que poucos são como eu, catalães de sangue. Isso me causa profunda insegurança, isso me causa medo".
Xenofobia, racismo, medo, globalização ou todas as anteriores?
Pouca importaa ordem dos fatores ou a conseqüência dos fatos.