terça-feira, 6 de abril de 2010

A MORTE DA TELEOPERADORA




















O azar dela foi a tele-entrega.

Quando chegou, era tarde demais:
morreu de tédio, de tanto esperar.

Pior ainda, o colega do lado estava ocupado,
forçando venda casada.

A pobre coitada se foi, deixando um valioso legado:
a linha desocupada, o inseparável headset e milhares de contatos.

No funeral, em homenagem aos serviços prestados,
tocaram uma musiquinha.                                                                 

Nenhum comentário: