domingo, 9 de março de 2008

Nega Isca

Lá vai ela, gingando.
Lá vem ele, zangando.

Volta ela, desejosa, maliciosa.
Fica ele, doido, irado.

De repente, urram: pega ladrão!

E ele, como cão, dispara.
E ela, cheia de tara, para.
E eu, como bom malandro, ando.

Mulher rodada com saia rodada.
Cagueteira: um kilo de cocada branca presa na anca.

Eta brisa boa, atentada.
Sopra, levanta o filó.
Cura minha cegueira.
Adeus xilindró.

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