sábado, 29 de março de 2008

O Gigantismo e o Nanismo do Ato Suicida Justificando Contra Culturas

Análise Crítica - Paradise Now

Ao assistir o filme Paradise Now, percebi que o tema principal, o suicídio altruísta, foi tratado com clareza e transparência única. O detalhismo social é intenso, forçando o receptor à crítica pontual e permanente. O que é certo: Lutar contra a repressão ditatorial através das armas, promovendo atentados e conspirações? Ou buscar na paz e no debate franco, mecanismos de ajuste das disparidades sócio culturais.

De um lado, uma parcela social que defende a ação terrorista de banir a vida como forma de vingança. Sendo assim, o revide, quando vem, independentemente de quem venha e quando venha, vem mal, gera destruição, pânico e um desgaste social automático.

Do outro, os contrários que buscam soluções urgentes para um cessar fogo. Sem dúvida, um contexto bastante adverso, tanto é que os próprios protagonistas, elementos chave do foco persuasivo transmitem uma idéia fortificada do comprometimento para com o ato de suicidar-se em prol de um ideal de libertação. Ao mesmo tempo, e ao longo do filme, aspectos de resignação e questionamento, traduzem certo clímax antagônico. Seguindo uma linha apurada, o próprio desfecho é cercado de dúvidas e ansiedades.

Já, na fronte do questionamento, uma pergunta se multiplica entre todos nós: quantos atentados a bomba seriam necessários para contornar ou dar fim à disputa ideológica? Absolutamente nenhum! Justamente, porque a história provou que o acúmulo de embates nada ou muito pouco produziu, ao contrário, serviu para causar mais discórdia entre regiões fronteiriças onde o diálogo é áspero e escasso.

Com base nos aspectos mencionados, concluo que o ato suicida, assim como as suas causas, efeitos e polêmicas, dificilmente deixarão de existir. E mais, a tendência é que haja um significativo aumento dos casos. Enfim, reafirmo tal polêmica com a célebre frase do Filósofo Albert Camus: "O suicídio é a grande questão filosófica de nosso tempo, decidir se a vida merece ou não ser vivida é responder a uma pergunta fundamental da filosofia".

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