Mais um dia de trabalho na mais louca funerária deste mundo.
O telefone toca: ...,...,...!
Agente Funerário: Funerária Pau de Arara, boa noite.
Mulher: Pau de Arara?
Agente Funerário: Sim, como posso enterrá-la?
Agente Funerário: Perdão. Como posso ajudá-la?
Mulher: Mas o que é isso?
Mulher: Que horror!
Agente Funerário: Ora, uma funerária. E sem odor.
Mulher: Mas com este sarcasmo?
Agente Funerário: Claro, é para melhor sofrê-la.
Agente Funerário: Digo, para melhor atendê-la.
Em tom de espanto, ela exclama: Meu Deus do céu.
Agente Funerário: Se vai pro céu é mais caro.
Pasma, a mulher pergunta: Que?
Agente Funerário: Mas tem promoção.
Mulher: Como é que é?
Agente Funerário: Simples, pacote completo: a senhora indica o morto e nós oferecemos o melhor repouso.
Agente Funerário: Pro presunto descansar em paz, né?!
Aterrorizada, ela prega: Mas isso é o fim do mundo.
Agente Funerário: Fim do mundo tá barato: viagem só de ida, sem volta.
Mulher: Sabe de uma coisa, isso que o senhor está fazendo não tem perdão, vô desligar.
Agente Funerário: Isso mesmo, sempre há tempo para o perdão.
Agente Funerário: Mas espere, não desligue.
Agente Funerário: Continue respirando. Digo, escutando.
Revoltada, ela diz: Blasfêmico!
Agente Funerário: Vou repassar seu coração, opa sua ligação para um dos nossos coveiros. E sem arsênico.
Quase incorporando, explode: Mas que demônios são esses?
Agente Funerário: Ahnn! Isso é mau sinal.
Agente Funerário: Vem cá, são de que cor?
Já em pânico, ela suplica: Nossa, socoooorro!
Agente Funerário: Senhora, ele está aí por perto?
Mulher: Ele quem, ora.
Agente Funerário: Vamos negociar uma morte justa, digo um preço justo para a senhora.
Cansada, a mulher pergunta: Mas que loucura é essa? Tu é loco?
Agente Funerário: Não. E a senhora?
Agente Funerário: Porque se for, o manicômio é aqui do lado.
Agente Funerário: Volta e meia, enterrados um que outro e aproveitamos os parafusos frouxos.
Mulher: Parafusos?
Agente Funerário: Isso. A gente usa nos caixões, tudo mortinho, opa fechadinho.
Agente Funerário: E aí, negócio fechado? Digo, caixão aberto.
A mulher, apavorada, esbraveja: Nem morta!
O fone é desligado: TUN, TUN TUN...
O atendente, indignado, reclama:
Nossa! De cliente assim quero distância, fede mais que defunto.
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