domingo, 9 de março de 2008

Parafernália Existencial

Acordei com centos de ressentimentos.
Joguei-os aos quatro ventos,
para que os intentos,
estes marrentos,
permanecessem inalterados,
vagando por aí afora.

Sei que é complexo entender dos anexos, sexos e lexos,
mas eis que o esforço surge,
pois já urge tal mudança.

De louco, não tenho nada,
mas brigo com espada ou adaga
se me chamam de sano.

Atualmente, teatrelizo na bebida,
esta ferida, uma solucionática,
meio dramática, um tanto iniciática,
forma de reversão existencial.

O contexto da parafernália
preenche o vazio dramático das minhas noites,
quando aos prantos, observo os cantos
das temíveis diagonais da paixão.

Nas minhas andanças, busco aceitar o inaceitável,
condenar o incondenável,
perceber o imperceptível
e romper paradigmas.

Esta noite não dormirei.
Quero permanecer desperto.
Bebendo, tragando, despindo, rindo, rezando e chorando.

Eu sigo andando, cantarolando,
subindo, descendo, andando.
Tropeçando, caindo, levantando.

Andando
e sonhando.

Para finalizar,
devo perguntar a ti, leitor, mero expectador:
Qual o sabor e o dissabor do teu despertar?

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